O portal Liberdade de Imprensa bateu um papo com o deputado estadual Jurandy Oliveira (PSB). Na conversa, o parlamentar detalhou a história política pessoal, bem como os avanços pela Bahia em seus mandatos.
Assista:
A Advocacia-Geral da União (AGU) identificou mais de 100 empresas suspeitas de terem financiado a manifestação do último domingo (8) em Brasília. O dinheiro dessas entidades privadas foi usado para bancar os ônibus que transportaram os envolvidos e para auxiliar os manifestantes a permanecerem acampados em frente ao QG do Exército fazendo os preparativos para o ataque.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a Polícia Federal já identificou financiadores em dez estados diferentes, especialmente no Mato Grosso e Santa Catarina. De acordo com Dino, muitas empresas são ligadas ao agronegócio.
Nesta terça-feira, a AGU vai apresentar o primeiro lote de ações contra esses grupos privados. São medidas cautelares junto à Justiça Federal no Distrito Federal para que os bens em nomes dessas empresas sejam bloqueados. Um dos objetivos é utilizar esses recursos para cobrir o prejuízo provocado pelo dano ao patrimônio.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, alfinetou a colunista da TV Globo, Míriam Leitão e disse: “parece que tem um fetiche comigo”. O baiano foi citado na coluna de Míriam no último domingo (8) acusado de acabar os grupos das procuradorias que atuavam no combate aos atos democráticos através de um ofício assinado pela PGR em novembro do ano passado.
A coluna foi ao ar no domingo (8) após a movimentação dos protestos, em Brasília. Em entrevista ao site BNews, nesta segunda-feira (9) o PGR informou que a medida foi tomada após observar como funcionavam alguns grupos de trabalho dentro do Ministério Público, que se reuniam para segundo o PGR, para realizar o que chamou de “vazamento seletivo” – se referindo à Operação Lava Jato.
“Essa senhora parece que tem um fetiche comigo, talvez porque eu não tenha atendido às matérias seletivas para ela e à família dela. Essa senhora foi cortada da seletividade que tinha na Operação Lava Jato. E, provavelmente, o jornal dela, ganhou mais dinheiro do que com a novela das 8”, disse.
“Essa vingança é algo que eu lamento, mas é a dura realidade. Não tem vazamento seletivo para nenhum meio de imprensa no Brasil. Na nossa gestão, o que existe é o respeito ao devido processo legal”, completou.
A Globo, emissora da colunista, emitiu uma nota de repúdio as declarações do procurador-geral. “É assustador que alguém que ocupa o cargo mais elevado do Ministério Público, guardião maior da lei, ofenda a honra de uma das profissionais mais brilhantes e corretas do jornalismo brasileiro” (Leia na íntegra abaixo). A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também emitiu um posicionamento contrário ao posicionamento de Aras em relação à Míriam Leitão.
Leia a íntegra a nota da comunicação da Globo.
As ofensas à jornalista Miriam Leitão e ao Jornal O Globo, proferidas pelo Procurador Geral da República Augusto Aras, nessa segunda-feira em entrevista à BNews, merecem o mais absoluto repúdio. É assustador que alguém que ocupa o cargo mais elevado do Ministério Público, guardião maior da lei, ofenda a honra de uma das profissionais mais brilhantes e corretas do jornalismo brasileiro. E de um jornal com um extenso histórico de serviços prestados à democracia brasileira. Ninguém é imune a críticas – nem jornalistas nem autoridades. Mas ninguém, no Estado Democrático de Direito, pode ofender de maneira tão vil como fez o Procurador-Geral. A ofensa de Aras certamente diz mais sobre ele do que sobre Miriam e O Globo.
Leia a íntegra da nota da ANJ:
“A ANJ repudia os ataques desferidos pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, contra a jornalista Miriam Leitão, em entrevista ao site BNews na segunda-feira.
O caráter ofensivo das manifestações se torna ainda mais grave quando partem de uma autoridade que deveria zelar pela proteção legal à imprensa e, ao mesmo tempo, defender o respeito à atividade de mulheres jornalistas, que têm sido as mais agredidas nos últimos anos no Brasil.
Por fim, a ANJ reafirma sua solidariedade à Miriam Leitão, vencedora do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa em 2017, exatamente em razão de sua postura permanente em defesa dos valores e princípios que norteiam o melhor jornalismo”.
Após o hospital Florida AdventHealth Celebration, em Orlando (EUA) negar que Jair Bolsonaro (PL) estaria internado, o ex-presidente publicou nesta segunda-feira (9) uma imagem em que aparece num leito de hospital. Na publicação, ele diz que teve uma baixa hospitalar e agradeceu as orações.
No post, ele cita o episódio de 2018, quando levou uma facada em um ato antes das eleições. “Após facada sofrida em Juiz de Fora/MG, fui submetido a 5 cirurgias. Desde a última, por 2x tive aderências que me levaram a outros procedimentos médicos. Ontem nova aderência e baixa hospitalar em Orlando/USA. Grato pelas orações e mensagens de pronto restabelecimento”, disse na publicação.
Mais cedo, a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, chegou a pedir orações ao ex-presidente em publicação no Instagram.
Veja:
– Após facada sofrida em Juiz de Fora/MG, fui submetido à 5 cirurgias. Desde a última, por por 2x tive aderências que me levaram à outros procedimentos médicos.
— Jair M. Bolsonaro 2️⃣2️⃣ (@jairbolsonaro) January 10, 2023
– Ontem nova aderência e baixa hospitalar em Orlando/USA.
– Grato pelas orações e mensagens de pronto restabelecimento. pic.twitter.com/u5JwG7UZnc
Ministro da Justiça confirma que não há elementos para extradição de Bolsonaro; assista
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PT) confirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (9) que não há elementos suficientes para um pedido de extradição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos EUA desde antes da posse de Lula (PT). Dino explicou que só é possível realizar o procedimento caso a pessoa esteja respondendo a um processo criminal, o que não é o caso de Bolsonaro.
O ministro disse ainda haver uma questão de dinâmica com os Estados Unidos sobrea a extradição. “A soberania é deles, eles podem avaliar a conveniência da permanência de alguém no território”. Responsabilização do ex-presidente Dino responsabilizou o discurso de ódio de Jair Bolsonaro como item que inflamou a violência em Brasília no domingo. Há líderes políticos responsáveis pela destruição que vimos ontem”.
Ao ser questionado pelos jornalistas quem seriam esses líderes, o ministro foi direto: “O ex-presidente e seus seguidores dirigiram ataques aos Poderes”.
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NÚMERO DE PRESOS APÓS PROTESTOS EM BRASÍLIA SOBE PARA 1.500
Dino também listou possíveis crimes cometidos pelos manifestantes no último domingo (8): Golpe de Estado; Tentativa de abolição do Estado de direito; Dano; Associação criminosa.
A PF abriu três inquéritos para tratar de quem são os financiadores e mentores intelectuais que incentivaram os atos de terrorismo. “Seja quem for financiador, será chamado à responsabilização”, disse Dino.
O número de manifestantes presos após participarem dos protestos, em Brasília neste domingo (8) subiu para 1.500. Destes, 1.200 estavam no acampamento montado em frente ao QG do Exército e foram detidos na manhã desta segunda-feira (9), durante a operação que desmobilizou o acampamento.
Os outros 300 começaram a ser presos em flagrante desde ontem e já estavam na sede da Polícia Civil do Distrito Federal.
Os presos por invasão e depredação de prédios públicos estão sendo transferidos para o Complexo Penitenciário da Papuda e para a Colmeia, penitenciária feminina do Distrito Federal.
Na noite desta segunda-feira (9), a Câmara aprovou intervenção federal na segurança pública no DF.
O decreto que propõe intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal (DF) será apreciado nesta terça-feira (10) no Senado Federal, após os protestos que ocorreram no último domingo (8), nas sedes dos três Poderes – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
O documento foi assinado pelo presidente Lula (PT) e será analisado pelos senadores a partir das 11h. A Câmara dos Deputados aprovou na noite de segunda-feira (9) o decreto, em votação simbólica, isto é, quando não há a contagem de votos de cada deputado.
Caso os congressistas deem o aval positivo para a medida, o governo federal assume a responsabilidade da segurança pública na capital do Brasil até o dia 31 deste mês. O texto do decreto afirma que o objetivo da ação é “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública do Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”, diz documento.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) condenou nesta segunda-feira (9) o uso da camisa da seleção nacional em atos antidemocráticos e de vandalismo. A publicação da nota oficial ocorre um dia após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes da República em Brasília (DF), por extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que vestiam a amarelinha. Os ataques danificaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
“A CBF repudia veementemente que a nossa camisa seja usada em atos antidemocráticos e de vandalismo”, afirma a entidade em comunicado no Twitter.
O cálculo do prejuízo ao patrimônio público ainda não foi finalizado. Houve destruição de fachadas de vidro, móveis, relíquias históricas e documentos, além de furto de armas e de obras de artes, além de vandalização de quadros – como o painel de Di Cavalcanti – e vitrais.
O senador Ângelo Coronel (PSD), que faz parte da base aliada do PT na Bahia, mandou o ministro da Defesa, Flávio Dino, ‘baixar a bola’ referente a conduta tomada após os protestos ocorridos em Brasília, neste domingo (8).
A declaração ficou registrada em uma postagem no Twitter feita pelo colunista Ricardo Noblat, em que ele escreveu: “Flávio Dino, ministro da Justiça, foi reprovado no seu primeiro grande teste”. Em resposta direta, Coronel criticou a postura do ministro e afirmou que “Dino precisa baixar a bola. O presidente é lula e não ele. Está com muita empáfia. Ameaça só faz acirrar”.
A cidade de Brasília foi alvo de atos antidemocráticos, nesse domingo, após invasão da Praça dos Três Poderes, do Palácio da Alvorada, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os manifestantes pediram intervenção militar, recontagem dos votos da última eleição geral e o fim da “ditadura do STF”.
Uma manifestante, identificada como Leila Torres, denunciou através de vídeo em rede social neste domingo (8), ‘infiltrados’ no protesto, em Brasília, que ela atribuiu ao Movimento Sem Terra (MST). Nas imagens é possível ver que o aglomerado de manifestantes tenta impedir que suspeitos ateiem fogo em um dos prédios do órgão público federal.
Na publicação, ela diz “era mais que esperado. Querem a todo custo tirar a legitimidade das manifestações contra esse ilegítimo governo, que foi solto pra dar um golpe, que virou candidato por outro golpe, e com ajudinha “Suprema” pra roubar as eleições foi concluído o golpe! E temos que assistir a tudo isso sorrindo!”.
Segundo a Polícia Civil do DF, mais de 300 criminosos foram presos pelas forças de segurança no início da noite deste domingo (8) após os atos de vandalismo e destruição quando um grupo invadiu sedes dos Três Poderes – Câmara, Senado, Superior Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, durante atos antidemocráticos em Brasília (DF).
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