O partido Solidariedade está próximo de migrar para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O presidente da sigla e deputado estadual eleito, Luciano Araújo admitiu conversas com o governador para a adesão do partido, segundo o site Política Livre.
Nas eleições do ano passado, a sigla apoiou a candidatura do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) ao Palácio de Ondina. “Estamos conversando diretamente com o governador e com o secretário Luiz Caetano (Relações Institucionais). Existe sim a possibilidade de apoiarmos o governo na Assembleia. Mas ainda não tomamos essa decisão de forma definitiva. Seguimos dialogando”, frisou.
O Solidariedade elegeu dois deputados estaduais. Além de Luciano Araújo, a sigla emplacou na Assembleia Fabrício Dias Nunes da Silva, mais conhecido como Pancadinha, que é vereador em Itabuna e pretende ser candidato a prefeito do município em 2024.
Questionado se a articulação visa emplacar nomes em cargos do segundo escalão do governo, Araújo negou e cravou que o interesse está no tratamento “como aliado nas cidades”. “Por exemplo, em Conceição do Coité, meu principal reduto eleitoral, quero receber o mesmo tratamento do deputado Alex da Piatã (PSD). Pensamos no povo que nos elegeu da mesma forma”.
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Ministro nomeia a si mesmo para cargo que pode ganhar mais de R$ 20 mil
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), se autonomeou como membro titular do conselho fiscal do Serviço Social do Comércio (Sesc). A indicação foi oficializada por meio do Diário Oficial da União (DOU) no início de janeiro.
Os membros deste conselho são remunerados por meio de jetom, portanto recebem conforme participam de reuniões. De acordo com a CNN, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) o comparecimento em cada encontro correspondia a R$ 3,5 mil.
Com as seis reuniões mensais que chegaram a ser realizadas ao longo dos últimos dois anos, a remuneração pode chegar a R$ 21 mil. O salário de Lupi como ministro é de R$ 39,2 mil.
O presidente do PDT também nomeou o tesoureiro do partido, Marcelo de Oliveira Panella, para o mesmo cargo junto ao Conselho Fiscal do Sesc.
Mínimo tem que subir de acordo com o crescimento da economia, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu nessa quarta-feira (18) um grupo de trabalho para a elaboração de uma proposta que trata da Política de Valorização do Salário Mínimo, que trará uma fórmula de cálculo permanente para o piso nacional. Em encontro com cerca de 500 sindicalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que o salário mínimo precisa subir de acordo com o crescimento da economia, em equivalência ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país).
“Já provamos que é possível aumentar o salário mínimo acima da inflação. E o mínimo é a melhor forma de fazermos distribuição de renda nesse país. Não adianta o PIB crescer se ele não for distribuído. O PIB já cresceu 14% ao ano nesse país e o trabalhador ficou mais pobre. Porque se o PIB cresce e fica só com o dono da empresa, quem fez o PIB crescer não ganha nada, que é o trabalhador brasileiro”, disse o presidente.
“É isso que tem que fazer para melhorar esse país. Não podemos continuar eternamente um país emergente, em via de desenvolvimento”, acrescentou.
O grupo foi criado a partir de um despacho assinado nesta quarta-feira pelo presidente e terá prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos. Fazem parte os ministérios do Trabalho e Emprego, da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Previdência Social, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e a Secretaria-Geral e Casa Civil da Presidência. Segundo Lula, as centrais sindicais também serão ouvidas para a construção da proposta.
“Estou fazendo um convite para que o movimento sindical, representando os trabalhadores brasileiros, ajude o governo a construir uma nova relação entre capital e trabalho e uma nova relação de direitos para o povo trabalhador, porque nós merecemos ser tratados com respeito e com justiça”, disse Lula.
“O mundo do trabalho mudou, é preciso se modernizar, se reinventar a nível de estrutura sindical, por isso que vamos criar uma comissão de negociação com sindicatos, governo e empresários”, destacou o presidente.
Já o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, salientou que a nova política para o salário mínimo será feita pelo conjunto de governo, e respeitando a previsibilidade da economia.
“A previsibilidade é importante para o empresariado, para os prefeitos, para os governadores, para o governo federal, para as instituições da economia, para que nós possamos fazer o que nós fizemos no primeiro governo do presidente Lula que é crescer o poder de compra do salário mínimo mantendo a inflação, mantendo o equilíbrio fiscal. Não tem canetaço, tem construção de entendimento”, disse.
De acordo com o ministro, também serão criados, até o final de fevereiro, dois outros grupos de trabalho, sobre a negociação coletiva e o fortalecimento dos sindicatos e sobre a regulamentação do trabalho por aplicativos.
“Nós acompanhamos a angústia de trabalhadores de aplicativos que, muitas vezes, têm que trabalhar 14 horas, 16 horas por dia para poder levar o pão e leite para casa. Isso no meu conceito de trabalho, beira a trabalho escravo. Aqui, as empresas de aplicativos, de plataformas, não se assuntem. Não há aqui nada de mais a não ser o propósito de valorizar o trabalho e trazer a proteção social”, disse Marinho.
As centrais sindicais defendem que o governo federal aplique a política de valorização conforme os termos pactuados em 2007 e abandonados em 2019. Com isso, o piso deveria ser de R$ 1.343, contemplando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – anteriormente estimado em 5,8% em 2022 -, mais o crescimento do Produto Interno Bruto de 2 anos antes – 4,6% em 2020.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o INPC acumulado oficialmente em 2022 é de 5,93%.
Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, a previsibilidade e a valorização permanente do salário são elementos centrais para reconstrução e transformação do Brasil.
“Àqueles que tentam impor em debate responsabilidade fiscal contra responsabilidade social, a responsabilidade fiscal não pode ser o custo do maltrato ao povo pobre, ao povo que padece de insegurança alimentar. O custo fiscal precisa ser um esforço combinado de um Brasil atrasado, mas que tem uma dívida e precisa construir um pacto com seu povo, que pressupõe a constituição de uma política que recompõe não só a inflação, mas sobretudo permitir o ganho real com aumento da variação do PIB”, disse.
“Isso importa muito para a vida de 60 milhões de brasileiros e incrementa e movimenta a economia”, argumentou Araújo. “Temos que fazer o bom combate. O debate do salário mínimo não pode ser pautado pelo Deus mercado [mercado financeiro]. Quem depende do salário mínimo é quem já não consegue mais fazer o supermercado. Temos que apostar em uma política que se aproxime mais dos anseios do nosso povo”, completou.
Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.302, conforme medida provisória editada em meados de dezembro pelo governo anterior. Esse valor considera a variação do INPC acrescido de ganho real de aproximadamente 1,4%.
Entretanto, o valor aprovado pelo Congresso Nacional no Orçamento Geral da União de 2023 é de R$ 1.320, mas, para entrar em vigor, depende de uma nova medida provisória do Executivo. A preocupação do governo é com a insuficiência de recursos para bancar o novo valor.
Apesar de a Emenda Constitucional da Transição ter assegurado R$ 6,8 bilhões para o salário mínimo de R$ 1.320, a forte liberação de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nos últimos meses do ano passado pode resultar em um impacto fiscal maior que o previsto. Vários benefícios sociais e trabalhistas, como o seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros, também são atrelados ao piso nacional, devendo ser corrigidos.
De acordo com cálculos preliminares da equipe econômica, o governo precisaria de mais R$ 7,7 bilhões para reajustar o valor ainda em janeiro. Neste caso, os recursos poderiam vir do remanejamento de dinheiro de outros os ministérios.
Em declaração recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não ocorreu descumprimento de promessa de campanha do presidente Lula. “O compromisso do presidente Lula é de aumento real [para o salário mínimo], o que já aconteceu. O salário mínimo atual é 1,4% maior que a inflação acumulada desde o último reajuste”, disse.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em dezembro de 2022 o salário mínimo necessário para satisfazer as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário, educação, higiene, transporte, lazer e previdência) de uma família com quatro pessoas deveria ser de R$ 6.647,63.
Durante o evento com o presidente Lula, os sindicalistas apresentaram ainda outras demandas trabalhistas, como a regulação do trabalho em aplicativos, a valorização da negociação coletiva, o fortalecimento do Ministério do Trabalho, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, a revogação de normas para a recuperação de direitos trabalhistas, a criação de um plano nacional de formação profissional, a melhoria e equilíbrio das condições de trabalho de mulheres e negros e o cancelamento das privatizações.
Além de Araújo, da CTB, estiveram presentes e falaram durante o evento o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre; o presidente da Força Sindical, Miguel Torres; o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch Auersvald; o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto; a presidenta da Intersindical Central Sindical, Nilza Pereira; o vice-presidente da Central Pública, Hugo René; o presidente da Intersindical Instrumento de Lutas, Emanuel Melato; e o presidente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates.
Em abril do ano passado, o movimento sindical também entregou a Lula, ainda como pré-candidato à Presidência, a Pauta da Classe Trabalhadora, documento unitário das centrais, aprovado na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat).
Advogados pedem prisão de sobrinho de Bolsonaro que participou de ato golpista no DF
Flagrado entre os manifestantes que atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro, um sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL_ é alvo de um pedido de investigação e prisão preventiva junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, a ação contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, foi protocolada nesta quarta-feira (18), pelo Coletivo de Direito Popular, formado por advogados ligados à Universidade Federal Fluminense (UFF).
Segundo a publicação, o grupo argumenta que há indícios da atuação do sobrinho de Bolsonaro na mobilização que levou os terroristas às ruas naquela ocasião, já que ele aparece em registros do ato nas redes sociais.
O criminalista Paulo Henrique Lima, principal responsável pela ação, afirma que Léo Índio representa risco à ordem pública e diz que ele pode fugir a qualquer momento, diante das punições que vêm ocorrendo contra os envolvidos no ato golpista.
Léo Índio
Primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, chegou a ocupar o cargo de auxiliar administrativo júnior, com um salário de R$ 5.735,93. Assessor da liderança do Partido Liberal (PL) no Senado desde dezembro de 2021, ele foi exonerado em julho do ano passado, após ficar meses sem aparecer no local de trabalho.
Antes disso, ele já atuou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na época da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro (Alerj) e foi incluido entre os investigados pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) no caso das chamadas “rachadinhas”.
Léo Índio se mudou para Brasília em 2019, após Bolsonaro ser eleito presidente, e ocupou o cargo de assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca.
Rui Costa sobre trocas no governo: “Ainda tem muita gente para sair”
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), afirmou nesta terça-feira (17/1) que “ainda tem muita gente para sair” durante a reformulação do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, as substituições deverão ocorrer em maior volume a partir do dia 23.
A declaração ocorreu após almoço com o ministro da Defesa, José Múcio, ao ser questionado sobre a lista de dispensa de 40 militares que atuavam na coordenação de administração do Palácio da Alvorada no regime de gratificação. As portarias com as dispensas pela Secretaria-Geral da Presidência foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.
“As trocas de assessores que são cargos comissionados estão ocorrendo em todos os ministérios e elas ocorrerão independente de serem militares ou civis. Vocês têm acompanhado, desde que assumimos, um número grande de troca de pessoas, e assim seguirá. Verão essas trocas mais intensas a partir do dia 23, quando roda a chave no sistema para que os novos ministérios passem a existir nos sistemas eletrônicos, nos sistemas digitais do governo. Portanto, o grosso das nomeações, das exonerações, será feito a partir do dia 23 até o final do mês”, relatou.
Costa alegou ainda que as trocas são naturais por conta da diferença de gestão entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Se mudou a filosofia, o conteúdo tem que mudar”.
Temendo o cerco legal que se forma devido à incitação da manifestação que desaguou no vandalismo contra as sedes dos três Poderes no dia 8, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estuda opções para ficar por mais tempo nos Estados Unidos, conforme apurado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Um grupo de empresários de São Paulo simpáticos ao ex-presidente montou um plano inicial para custear a estadia do político no país, para onde ele viajou no dia 30 de dezembro, visando evitar participar da transmissão da faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro.
Foram acertadas com empresários americanos seis palestras sobre política, cada uma pagando US$ 10 mil (quase R$ 51 mil no câmbio de hoje). Bolsonaro, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto, se comprometeu a proferir pelo menos uma delas.
A questão central, segundo aliados do ex-mandatário, é financeira. Há uma opacidade extrema acerca das condições da presença de Bolsonaro numa casa pertencente ao lutador de MMA José Aldo em Kissimmee, região de Orlando, na Flórida.
O decreto que regulou a saída de Bolsonaro do país com avião da Força Aérea incluía 5 dos 8 funcionários a que ele tem direito como ex-presidente na comitiva.
Mas as imagens e relatos de conhecidos mostram que há muito mais pessoas envolvidas, tanto que uma segunda casa no mesmo condomínio foi ocupada pelo grupo, que tem o filho Carlos, vereador pelo Republicanos do Rio, à frente.
Uma diária no imóvel de Aldo custa o equivalente a R$ 2.600. Bolsonaro tem agora um salário de R$ 45 mil como ex-deputado e militar reformado.
Seu partido, o PL, prometeu uma remuneração equivalente ao teto do funcionalismo (R$ 39,3 mil hoje, R$ 41,6 mil a partir de abril) para complementar a renda de Bolsonaro, mas o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, condicionou isso à presença do ex-presidente no país.
Esse grupo aliado recomendou a Bolsonaro abrir uma conta no Banco do Brasil em Orlando, para permitir acesso a seus fundos no Brasil. Essas pessoas afirmam que há ainda a questão dos advogados de defesa, que não deverão ser cobertos pelo PL.
Margareth libera quase R$ 1 bilhão da Lei Rouanet que estavam bloqueados
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou nesta quarta-feira que a pasta vai liberar até o fim deste mês quase 1 bilhão de reais em recursos que já foram captados por meio da Lei Rouanet e estavam bloqueados desde o início do ano passado pela gestão da secretaria do governo Bolsonaro.
De acordo com o ministério, o valor do patrocínio captado por 1.946 projetos de diferentes segmentos artísticos é de 968.376.281 reais.
Nos primeiros 18 dias do governo, a Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural já liberou cerca de 62 milhões de reais desse montante para 353 projetos.
Nesta quarta, o MinC prorrogou mais de 5.000 projetos inscritos na Lei de Incentivo à Cultura que estavam com prazos de captação vencidos, cujos pedidos não haviam sido atendidos pela gestão anterior.
O ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, esteve na sede da Polícia Federal (PF), na nesta quarta-feira (18), para prestar depoimento acerca dos atos terroristas cometidos por bolsonaristas radicais nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 de janeiro.
Ele, que no dia da ação estava como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, está sendo investigado por suspeita de omissão na contenção das ações realizadas por apoiadores mais radicais de Jair Bolsonaro.
Pouco antes das 10h30, de acordo com o G1, uma equipe da PF chegou ao 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, no Guará, onde ele está preso. No entanto, o ex-ministro ficou em silêncio, afirmando apenas que não tinha declarações a dar aos investigadores. Os servidores deixaram o local pouco antes das 12h.
Torres foi preso no último sábado (14), por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Quando a prisão foi decretada, no dia 10 de janeiro, Anderson Torres estava de férias com a família nos Estados Unidos. Após a ordem, ele voltou ao país e foi detido no Aeroporto de Brasília.
Durante uma operação realizada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro, foi encontrada uma minuta de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022. Anderson Torres afirma que recebeu o documento de populares e que pretendia descartá-lo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (17) o Orçamento para 2023. O presidente vetou o artigo que criava uma nova identificação orçamentária para as despesas previstas na PEC da Transição, aprovada pelo Congresso no ano passado. Lula também vetou algumas dotações orçamentárias, ou seja, recursos do orçamento.
O Orçamento de 2023 foi aprovado pelo Congresso no dia 22 de dezembro, data limite antes dos parlamentares saírem em recesso.
De acordo com o G1, a aprovação da peça orçamentária só foi possível após a sanção da PEC da Transição, no dia anterior. Essa proposta de emenda à Constituição ampliou o teto de gastos, a regra que limita as despesas da União, para caber as promessas de campanha do presidente Lula.
Com as mudanças feitas pela PEC da Transição, o teto de gastos foi ampliado em R$ 145 bilhões. Desse total, R$ 70 bilhões vão reforçar o orçamento do programa Bolsa Família, garantindo o pagamento no valor de R$ 600 por família, além de um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos.
Pela distribuição aprovada pelo Congresso, metade vai para emendas individuais de deputados e senadores e a outra, para despesas não obrigatórias do Poder Executivo.
Moraes alega ‘conduta gravíssima’ e mantém 140 presos por atos em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes decidiu manter presos 140 pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro, em Brasília.
Moraes decidiu ainda libertar outras 60 pessoas que foram detidas no dia dos atos, quando manifestantes invadiram e depredaram a o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
Esses 60 foram liberados mediante aplicação de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. No caso dos 140 envolvidos que foram mantidos detidos, o ministro converteu a prisão em flagrante deles em prisão preventiva.
Em nota, o ministro justificou a medida apontando a necessidade de garantir a ordem pública e “a efetividade das investigações”.
De acordo com Moraes, há evidências de que os 140 presos cometeram os seguintes crimes:
Atos terroristas, inclusive preparatórios, previstos nos artigos 2º, 3º, 5º e 6º da Lei 13.260/2016;
Associação criminosa, previsto no artigo 288 do Código Penal;
Abolição violenta do estado democrático de direito, previsto no artigo 359-L do Código Penal;
Golpe de estado, previsto no artigo 359-M do Código Penal;
Ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal;
Perseguição, previsto no artigo 147-A, inciso 1º, parágrafo III do Código Penal;
Incitação ao crime, previsto no artigo 286 do Código Penal.