O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é suspeito de fraudar a emissão do próprio comprovante de vacina e o da filha mais nova, Laura Bolsonaro. A fraude tinha por objetivo burlar restrições sanitárias impostas pelos poderes públicos de Brasil e Estados Unidos – para onde ele viajou e onde viveu por três meses após a derrota na tentativa de reeleição na presidência.
O caso é investigado pela Polícia Federal na Operação Venire, deflagrada nas primeiras horas desta quarta-feira (3) e que já prendeu um de seus braços-direitos, o tenente-coronel Mauro Cid.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Um dos mandados de busca foi na casa do próprio Bolsonaro.
Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. A lista de alvos inclui ainda o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro – ambos, seguranças próximos de Bolsonaro e que atuaram na proteção dele durante o mandato presidencial.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid”, diz a Polícia Federal.
Laura Bolsonaro tem 12 anos. De acordo com a TV Globo, Mauro Cid, sua mulher e filha também tiveram certificados fraudados. A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva de Bolsonaro que foi aos EUA, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.