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Após protestos, presidente da Câmara promete tirar “pautas tóxicas” da agenda

por Redação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta segunda-feira (22) que o Legislativo passa por um “momento de tirar da frente todas essas pautas tóxicas”. A declaração foi dada um dia após as manifestações contra a PEC da Blindagem e o Projeto de Lei (PL) da Anistia.

“É chegado o momento de tirarmos da frente todas essas pautas tóxicas. Talvez a Câmara dos Deputados tenha tido, na semana passada, a semana mais difícil e mais desafiadora. Mas este presidente que vos fala.. nós decidimos que vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão”, disse Motta em um evento voltado ao mercado financeiro em São Paulo.

Ainda segundo o presidente da Câmara, “o Brasil tem que olhar pra frente, tem que discutir aquilo que realmente importa, que é uma reforma administrativa, questão do imposto de renda, da segurança pública”.

Ao ser questionado sobre os atos realizados no último domingo (21), Motta disse que as manifestações contra e a favor da anistia “demonstram que a nossa democracia segue mais viva do que nunca”.

“Isso demonstra que a nossa população está nas ruas defendendo aquilo que acredita, e eu tenho um respeito muito grande pelas manifestações populares”, afirmou.

Motta prometeu ainda respeitar a posição do Senado sobre a PEC da Blindagem, mas que a “Câmara se sente no direito de defender o exercício parlamentar”.

“O Parlamento tem conseguido aprovar matérias importantes que acabam não tendo muita visibilidade porque a pauta que vemos o noticiário liderar é sempre a pauta do conflito, a pauta que anima esses polos e deixa aqueles assuntos bem mais importantes e fazem parte da realidade da nossa população num segundo plano”, afirmou.

PL da Anistia
Sobre o projeto de lei da anistia, Motta declarou que o objetivo do texto é definir uma proposta “dentro das regras legais” para definir as punições contra os acusados de participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

“O que a Câmara quer construir é dentro das regras legais do país, reconhecendo o papel que o Supremo cumpriu naquele episódio triste que foi 8 de janeiro, procurando, sim, imputar aquelas pessoas que foram lá quebrar, depredar, pessoas que armaram, por exemplo, planos para matar pessoas”, afirmou.

Motta defendeu ainda que “a condição de construir isso sem olhar um pouco o que vai agradar um lado ou outro”. “Eu acho que se estão os dois lados insatisfeitos é porque estamos no caminho certo”, disse.

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