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ACM NETO, TAL QUAL A AVE MITOLÓGICA GREGA – FÊNIX, TENTA RENASCER DAS CINZAS…

por Redação

O protagonismo político é lugar de destaque onde poucos têm o condão de permanecer! Sun Tzu em “A Arte da Guerra” assim referendou: “Os guerreiros vitoriosos vencem antes de ir à guerra, ao passo que os derrotados vão à guerra e só então procuram a vitória”. Asseverando, ainda, que: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”.

A praxe política proclama que as vicissitudes dos cargos ocupados, notadamente a sucessão e alternâncias, faz com que se observe uma vertente da dança das cadeiras – jamais presenciada! Não se pode apenas pensar-se no marketing político mas também no eleitoral. Ser diplomado, cumprir o mandato e em novas eleições – reconduzido, é tarefa árdua em um universo veloz como é o político, traduz-se numa missão quase impossível. É patente que boa parte passa o período do seu mandato já pensando no próximo.

Aqueles, fervorosos, que se destacaram na sua vitoriosa missão de laborar em prol da sociedade, provavelmente, se mantém inatacáveis e intactos, outros muitos, não conseguem brindar a vitória por mais de uma legislatura – lamentavelmente. Até mesmo os que gozam de estrondoso e irretocável marketing político, somando-se ainda ao fervoroso prestígio ilibado, íntegro e Inviolável, muitas vezes se somam aos derrotados, despencando vertiginosamente nas urnas.

Traçando um paralelo com o ocorrido na última disputa eleitoral de 2022 para Governador da Bahia, vê-se claramente que a estratégia de marketing eleitoral do candidato que reinava nas pesquisas – foi pífia. E sinceramente a célebre frase caiu como uma luva, as eleições só acabam quando terminam… Portanto, parafraseando a InfoMoney, vê-se que: “Apesar de ACM Neto ter tentado reinventar o ‘Carlismo’ – como ficou conhecido o movimento de apoio a seu avô, e sonhar com um projeto nacional, não conseguiu se destacar como o principal herdeiro do espólio de uma das mais irretocáveis dinastias política. Em razão da famigerada desinteligência e controvérsias é que a vida política de ACM Neto parece estar em total embaraço.

Vale ressaltar que o candidato ACM Neto foi o deputado federal mais votado da Bahia e prefeito de Salvador por dois mandatos. Entretanto, apesar da quebra total de protocolos, se valendo de um figurino contemporâneo, e mesmo se reinventando carismático mentor, planejando, milimetricamente, cada passo da sua já vitoriosa trajetória política, o mesmo amargou uma derrota acachapante. Deixando patente que: “Os que ignoram as condições geográficas – desfiladeiros periculosos, pântanos e lamaçais – não podem conduzir a marcha de um exército político de tamanha envergadura e aqui as idiossincrasias têm um valor incomensurável e jamais, em tempo algum, poderiam ser desrespeitadas.

As Estratégias de persuasão e marketing eleitoral são reservados ao período da disputa pelo cargo público eletivo, e tem um objetivo claro: fazer com que o político vença as eleições. Os esboços e a metodologia utilizadas com a escolha da vice governadora ao pleito governamental foram desastrosas – não existia carisma. O objetivo maior de cada candidato e dos partidos é ganhar o poder político. Entretanto, na democracia eleitoral este percurso é longo e passa pelo voto popular e o eleitor, acredite, é sensitivo. Na disputa eleitoral por cargos majoritários ganha quem obtém mais votos, isto é, ganha quem conseguir persuadir a maioria. Exatamente o que não ocorreu, pois a candidata à vice na chapa, trazia consigo o semblante da derrota.

“Em processos eleitorais, a idéia de persuadir a maioria é mais fluida do que em outras circunstâncias. Num debate científico, o orador persuade a platéia pela retórica argumentativa, no debate político a retórica é a da argumentação política (BARRY, 1965)”.

“Tanto em termos pragmáticos quanto simbólicos, as campanhas são um microcosmo que reflete e molda a vida social, econômica, cultural e, é claro, política de uma nação”. (MANCINI & SWANSON, 1996, p. 1).

Fato incontestável é que a estratégia de atuação de ACM, com equívocos de campanha, o fez amargar a derrota no referido escrutínio eleitoral, sucumbindo a um precioso espaço na política baiana e obviamente nacional. A continuar enfraquecido, ao largo do cenário combativo, seria antiproducente concorrer ao Palácio Tomé de Souza nas próximas eleições municipais.

A questão é que a vida política de ACM Neto parece incerta, haja vista que o mesmo sucumbiu na eleição e não perdeu apenas por erros e equívocos junto ao seu marketing eleitoral de campanha, a visão estratégica estava ofuscada pelo ego e a certeza irremediável da vitória.

Parafraseando o Portal Muita Informação do Osvaldo Lira tem-se que: “ACM Neto Hoje vive um luto, mas provavelmente não abandonará a política e, Apesar do capital eleitoral, a liderança dele está em xeque. Mesmo com ‘juras de amor’ nas redes sociais, deputados federais baianos do União Brasil podem, diante do cargo que ocupam, miná-la. Neto não perdeu a eleição apenas por erros e equívocos de campanha. “Perdeu, sobretudo, por uma máquina estadual que manteve o seu marketing eleitoral irretocável, favorecendo sobremaneira o candidato situacionista. E mais que isso – foi derrotado pela liderança incontestável de Luiz Inácio Lula da Silva na Bahia.

Neste diapasão, tal qual a ave mitológica grega – Fênix. Renascer das cinzas não seja possível, mas sim, iniciar um novo fogo, um novo mister, um novo momento de vida, transmutando matéria e garantindo imortalidade política. Pois só assim ele poderia viver pela eternidade, atravessando gerações. Só lhe resta ressurgir e perseverar.

Por André Curvello – Advogado e colaborador do Liberdade de Imprensa.

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