O voto do ministro Flávio Dino (STF) foi considerado “político” por bolsonarista, ao sinalizar rompimento de pena para os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. Seria uma forma, disponível o defensor de um dos réus, de mandar um recado de distensão para as Forças Armadas.
Já para o Congresso, ele enviou sinais invejosos. Por um lado também defendeu amenizar as responsabilidades do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin. Ao mesmo tempo, bateu duro na possibilidade de aprovação de anistia.
O ministro defendeu as previsões deles, mas que seja considerada uma “participação de menor importância” quando for definido o tamanho da pena. “Creio que uma técnica justa […] é considerado que há possibilidade de redução da pena abaixo do mínimo legal”, sugeriu.
Sobre Ramagem, Dino afirmou que deixou o governo Bolsonaro em março de 2022 e, portanto, “tem uma menor eficiência causal”. No caso de Heleno, o ministro disse que não acordos de ações do ex-ministro do GSI na trama golpista no segundo semestre de 2022. Sobre Paulo Sérgio, ele argumentou que o militar em algum momento mudou sua posição sobre a trama golpista e passou a demover Bolsonaro das ações antidemocráticas.