A visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Portugal em abril deve ser marcada por protestos. Pelo menos é o que promete a ultradireita lusitana, que fala na “maior manifestação de repúdio à visita de um chefe de Estado estrangeiro” que o país já viu.
A afirmação é do líder do partido Chega, terceira maior força do Parlamento português, que convocou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (28) para anunciar a ação.
Embora tenha afirmado contar com o apoio de vários “dirigentes, membros de associações, empresários, advogados, clérigos e fiéis de vários distritos do país”, André Ventura não apresentou concretamente o nome de nenhuma entidade ou personalidade brasileira que esteja endossando os protestos.
“Estamos a falar com membros dessas associações, mas não vamos pedir o apoio formal delas”, disse o deputado, que afirmou buscar o suporte dos membros dessas entidades em caráter individual. Ventura ressaltou, porém, que conta com a adesão de igrejas evangélicas, onde o partido tem forte representação.
O líder do Chega afirma ainda que o partido irá “promover, divulgar, organizar, transportar e fazer tudo o que estiver ao alcance” para garantir que o protesto conta Lula seja de grandes proporções. Citando as acusações de corrupção e o período de prisão do presidente brasileiro, Ventura afirmou que a presença de Lula não contribui para a democracia portuguesa.