O presidente Lula (PT) classificou como “barbárie” os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas destruíram os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF. A declaração foi dada em encontro com governadores.
Lula também falou em governar de forma civilizada e recuperar a democracia no Brasil. A essencialidade da democracia é falar o que quer desde que não obstrua o direito do outro falar. Fazer o que quer desde que não adentre o espaço das outras pessoas. Por isso, eu falo que o Brasil precisa voltar à normalidade. Desde a campanha, Lula promete uma reunião com todos os governadores para restabelecer a relação perdida na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Na véspera do encontro, governadores celebraram a “volta do diálogo”.
“Essa reunião é para fazer com que o país volte à normalidade em que conversar não é proibido, reivindicar não é proibido, se queixar não é proibido. Não tem sentido um presidente visitar o estado e não visitar o governador porque pertence a um partido diferente”, declarou Lula, sem citar o nome de Bolsonaro.
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Michel Temer rebate crítica de Lula e manda recado direto: “governe para a frente”
Michel Temer (MDB) não recebeu bem o discurso do presidente Lula (PT) durante visita a Montevidéu, no Uruguai, nesta quarta-feira (25). No pronunciamento, Lula falou sobre a política brasileira e chamou Temer de golpista ao mencionar o legado social do país.
“O Brasil não tinha mais fome quando eu deixei a Presidência da República e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome, significa que quase tudo que nós fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou melhor, em sete anos; três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro”, afirmou o petista.
Ao tomar conhecimento da frase dita pelo petista, Temer usou sua conta oficial no Twitter para rebater as críticas recebidas. “Mesmo tendo vencido as eleições para cuidar do futuro do Brasil, o presidente Luis Inacio Lula da Silva parece insistir em manter os pés no palanque e os olhos no retrovisor, agora tentando reescrever a história por meio de narrativas ideológicas”, escreveu. “Recomendo ao presidente Lula que governe olhando para a frente, defendendo a verdade, praticando a harmonia e pregando a paz”, seguiu.
Ainda na rede social, Temer rebateu a crítica de Lula ao dizer que o legado social deixado pelo PT foi destruído na sua gestão. “E sobre ele ter dito que destruí as iniciativas petistas em apenas dois anos e meio de governo, é verdade: destruí um PIB negativo de 5% para positivo de 1,8%; inflação de dois dígitos para 2,75%; juros de 14,25 para 6,5%; queda do desemprego ao longo do tempo de 13% para 8% graças a reforma trabalhista; recuperação da Petrobras e demais estatais graças a Lei das Estatais; destruí a Bolsa de Valores que cresceu de 45 mil pontos para 85 mil pontos”, afirmou.
Senado identifica mais 23 envolvidos em atos de Brasília e pede investigação à PGR
A Polícia Legislativa do Senado informou nesta quarta-feira (25) que identificou mais 23 pessoas envolvidas nos atos terroristas de 8 de janeiro que depredaram o Congresso Nacional.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve enviar ainda nesta semana à Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido para que esses suspeitos sejam investigados.
No último dia 8, vândalos bolsonaristas radicais invadiram e depredaram em Brasília os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
Os terroristas também danificaram obras de arte e destruíram móveis e equipamentos de trabalho dos funcionários.
Desde então, houve vários desdobramentos, como:
a prisão de vários desses terroristas;
a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal;
a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres;
o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB);
a identificação de militares envolvidos nos atos.
Se confirmada, esta será a segunda representação enviada pelo Senado à PGR.
Prazo para Bolsonaro usar visto oficial nos EUA vence na segunda-feira
A possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro manter visto oficial para permanecer nos Estados Unidos expira na próxima segunda-feira, dia 30. Ele está na Flórida desde o dia 30 de dezembro e entrou no país antes do fim de seu mandato. Não há confirmação formal sobre qual visto foi utilizado por Bolsonaro para entrar nos EUA, mas diplomatas ouvidos reservadamente dizem que a entrada com visto diplomático dado a chefes de Estado é o cenário mais provável, já que ele voou de Brasília a Orlando usando um avião oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) na condição de presidente.
Portadores de visto oficial que não estejam mais no cargo ou missão que os levou aos Estados Unidos precisam comunicar ao governo americano a alteração do status em até 30 dias. No caso de Bolsonaro, o relógio começou a contar a partir do momento em que ele deixou de ser presidente do Brasil e, portanto, o prazo se encerra no final do mês de janeiro.
Segundo fontes, Bolsonaro possui visto de turista e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro esteve em dezembro na embaixada dos EUA em Brasília, onde o visto para turismo é concedido.
O casal pode solicitar ao governo americano, portanto, a mera “troca” de status no país. Isso depende de um procedimento feito junto ao Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês). Se fizer o pedido, segundo fontes ouvidas, Bolsonaro poderia aguardar a resposta no país de maneira regular.
O governo americano não comenta casos específicos de visto, por isso não confirma qual é a real situação de Bolsonaro no país. Em coletiva de imprensa no último dia 9, no entanto, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, afirmou que se um portador de visto oficial não estiver mais em solo americano em nome de seu governo, “cabe a esse portador de visto deixar os EUA ou solicitar uma mudança dentro de 30 dias”. Caso contrário, estará sujeito a deportação.
“Como não há um crime declarado que tenha sido cometido por Bolsonaro até agora, acredito que seria difícil o governo americano deportá-lo. Vai depender muito da situação do Brasil, se (o ministro) Flávio Dino pedirá extradição ou não, baseado em uma acusação”, afirmou o historiador americano James Green, professor da Universidade Brown e presidente do conselho da organização Washington Brazil Office (WBO).
Na sequência dos ataques golpistas em Brasília, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que não há elementos para pedir extradição de Bolsonaro, pois só é possível pedir a extradição de quem responde por processo criminal. Bolsonaro é investigado perante o Supremo Tribunal Federal por suposta incitação aos atos golpistas. Ele só passa a ser réu se vier a ser formalmente acusado de crime após as investigações e a denúncia (acusação) for aceita pela Corte, quando há a abertura do processo criminal.
O presidente Lula (PT) deve se reunir com os 27 governadores na sexta-feira (27), às 9h30, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na oportunidade, os Executivos estaduais vão apresentar, ao menos, três demandas de obras ou financiamentos de programas estaduais.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que venceram às eleições devem participar do encontro, entre eles estão: os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), e o do Acre, Gladson Cameli (PP).
Antes da reunião com o presidente, os governadores terão uma reunião reservada, pelo Fórum dos Governadores, que será realizada no Centro de Convenções Brasil 21, a partir das 17h.
Líder da bancada baiana, Lídice confirma apoio à reeleição de Lira: ‘Necessário’
A líder da bancada baiana na Câmara Federal e deputada reeleita, Lídice da Mata (PSB) esteve presente no jantar dos correligionários em apoio à candidatura de reeleição de Arthur Lira (PP) para a presidência da Casa, em Brasília. A política baiana justificou o posicionamento favorável à Lira em virtude do desafio que o presidente Lula (PT) deve passar durante o seu mandato. A eleição acontecerá no início de fevereiro.
“Esse é o momento de pacificação do país e entendemos que os poderes da República são autônomos”, disse a líder da bancada baiana na Câmara.
No jantar com Lira estiverem presentes deputados de oposição e de governo de Jerônimo Rodrigues (PT). “O nome de Arthur Lira é hoje consensual entre a maioria dos parlamentares e o PSB resolveu apoiá-lo, assim como grande parte da base do presidente Lula, que terá o desafio de reconstruir o Brasil e, para isso, precisa ter uma relação harmônica com o parlamento”, concluiu Lídice.
Outros apoiadores dos governos Jerônimo e Lula que se manifestaram foram os deputados federais Zé Neto (PT) e Alice Portugal (PCdoB).
Carlos Bolsonaro diz ter ‘vergonha’ das Forças Armadas e aponta ‘jogo sujo’ de alto escalão
Aliados de primeira ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os militares viraram alvo de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PL) em meio às tratativas para o distensionamento entre a caserna e outras instituições, sobretudo com o Palácio do Planalto, hoje ocupado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Tenho vergonha do que se transformou a essência do alto escalão das Forças Armadas do Brasil de primeiro de janeiro de 2023 em diante!”, declarou o filho 02 de Bolsonaro, por meio do Twitter. Segundo o vereador, eles “alegam não se meter em política, mas jogam o jogo político deslavado e mais sujo que ninguém jamais viu seus estrelados fazerem”.
Embora a Constituição proíba manifestações de cunho político-partidário por parte dos militares, nos últimos anos houve uma escalada do bolsonarismo junto às Forças Armadas, que passaram a ocupar número recorde de cargos na administração pública.
O alinhamento, no entanto, provocou fissuras na relação institucional, com militares se colocando como “poder moderador” e atacando Legislativo e Judiciário. A situação ficou ainda mais complicada com a derrota de Bolsonaro, quando membros das Forças passaram a contestar o processo eleitoral e até participar de atos antidemocráticos.
Após o atentado de 8 de janeiro, em Brasília (DF), houve um agravamento da crise, fazendo com que o governo Lula, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) se unissem para devolver os fardados aos quartéis e retomar a institucionalidade. O movimento, entretanto, parece desagradar Carlos Bolsonaro.
Geraldo Junior e Matheus Ferreira prestigiam evento de 40 anos do Batalhão de Choque da PM
Para celebrar os 40 anos do Batalhão de Choque (BPChq) da Polícia Militar, importante ‘braço’ das forças de segurança pública da Bahia, o vice-governador, Geraldo Junior (MDB) e o deputado estadual eleito, Matheus Ferreira (MDB) prestigiaram o evento que marcou a nova idade do BPChq.
Ao lado dos políticos, estavam também o Comandante-geral da PM, Cel. Coutinho, o subcomandante-geral, Cel. Machado, o titular da Segurança Pública, Marcelo Werner e o cantor, Bell Marques.
“Parabéns ao Choque pelos relevantes serviços prestados à população baiana e a todos homens e mulheres que fizeram e que fazem parte desta história”, diz Matheus.
Ministros do TSE veem ambiente para julgar inelegibilidade de Bolsonaro
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avaliam que existe ambiente para julgar ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro semestre deste ano, entre março e abril.
Ao todo, tramitam 16 ações contra Bolsonaro, mas fontes do TSE ouvidas pelo blog afirmam que a mais avançada é a que trata da reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, quando ele ameaçou o sistema eleitoral com ataques às urnas.
Existe uma corrida contra o tempo nos bastidores do TSE para colocar em pauta essas ações por causa de uma questão de composição da corte: em maio, Lewandowski se aposenta e, além do STF, deixa a vaga de titular do TSE. Para a vaga, hoje, assumiria Kassio Nunes Marques, aliado de Bolsonaro e que, entre outras ações, poderia pedir vista e interromper esse julgamento caso o tema fosse jogado para o segundo semestre.
Circula nos bastidores do STF uma avaliação de que, diante da gravidade dos acontecimentos de 8 de janeiro, o julgamento tornou-se prioridade e que é possível um outro arranjo para que Nunes Marques não assuma a vaga de Lewandowski.
Tradicionalmente, ocupa a vaga o ministro com mais tempo de corte. Porém, segundo o que está sendo discutido nos bastidores, pode haver uma votação para que Dias Toffoli —e não Kassio Nunes- assuma a vaga de Lewandowki.
Se a ação for adiante, Bolsonaro pode ser tornar inelegível. O próprio entorno de Bolsonaro acredita nessa possibilidade e teme, ainda, que o ex-presidente seja preso. No entanto, ministros do STF e do TSE ouvidos pelo blog descartam, por ora, qualquer avanço nesse sentido.
G1
Presidente da Câmara de Salvador crava período para trocar de partido; saiba qual
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PTB) está de malas prontas para migrar para um novo partido, no entanto, a decisão final sobre o futuro político só será tomada após o carnaval. A informação foi confirmada pelo portal Bahia.ba com o edil.
A medida visa a disputa para um novo mandato na Câmara em 2024, além disso, a atuação do PTB foi severamente reduzida no estado. Aliado do vice-governador, Geraldo Jr. (MDB), Muniz já sinalizou interesse em se tornar um emedebista, porém, o Podemos também agrada o parlamentar.