O presidente em exercício do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz, negou conceder salvo-conduto para liberar manifestantes presos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
As prisões de integrantes do movimento foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Aproximadamente 1,5 mil pessoas foram detidas na capital da República após invasão ao STF, Congresso e Palácio do Planalto.
O advogado Carlos Alexandre Klomfahs entrou com um habeas corpus no STM a favor dos presos. O presidente em exercício do tribunal superior não conheceu o pedido de liminar porque o órgão é subordinado ao Supremo Tribunal Federal e “não caberia questionar suas decisões”.
Mais do que negar a ação, Queiroz fez duras críticas aos atos terroristas. O advogado alegou que o vandalismo na capital federal não foi praticado pelos “manifestantes pacíficos que estão em frente aos quartéis do DF”. O ministro, porém, rechaçou o caso e classificou os atos criminosos de “grave cenário criminoso” que “não revela manifestação com fins pacíficos”.
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Ministério da Justiça recebe milhares de denúncias sobre golpistas
Após criação de e-mails para receber informações sobre os envolvidos nos atos golpistas do último domingo, Ministério da Justiça e Polícia Federal já têm milhares de denúncias.
Já são pelo menos 20 mil denúncias registradas no e-mail denuncia@mj.gov.br, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, sobre pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília no domingo.
O titular da pasta, Flávio Dino falou quais são as próximas etapas
“Nós estamos trabalhando em parceria com a CGU, a Controladoria Geral da União, e com a Advocacia Geral da União. E o que eu posso afirmar pra você nesse momento é que todo esse material está subsidiando petições, que nós estamos apresentando. Então nós já temos mandados de prisão expedidos, espero que, hoje, nós teremos novos pedidos de mandados de prisão, de busca e apreensão, e com isso vai dando curso às investigações”.
Além do e-mail do Ministério da Justiça, a Polícia Federal disponibilizou também o denuncia8janeiro@pf.gov.br para receber informações sobre os envolvidos nos atos do último domingo.
Os dois órgãos esperam receber por meio desses contatos, além de informações em texto, fotografias, áudios, vídeos e prints de redes sociais que ajudem na identificação dos organizadores e participantes das ações criminosas que destruíram vários ambientes das sedes dos três poderes.
A PF ainda não divulgou um primeiro balanço com o número de mensagens recebidas.