Em conversa com parlamentares, nesta quarta-feira (3), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), expôs as iniciativas do governo Lula (PL) no combate à corrupção e apontou como destaque o fim da “espetacularização” de ações a cargo de órgãos subordinados ao Executivo, a exemplo da Polícia Federal.
“Sobre o combate à corrupção, o que mudou [em comparação a governos anteriores] foi a espetacularização. Pusemos fim à corrupção do combate à corrupção”, disse ele, durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
A fala do ministro foi uma resposta a questionamento do ex-procurador da Lava Jato e hoje deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR). “Fiquei surpreso por não ver, dentre as prioridades do governo, o combate à corrupção. Ainda que existam várias pessoas sendo investigadas, processadas ou até condenadas por corrupção dentro [da atual equipe de] governo, acredito que isso não deva ser um tabu. Precisa ser tratado como uma prioridade de Estado, não de governo”, disse Dallagnol.
Ao refutar as alegações do parlamentar, Flávio Dino afirmou que o combate à corrupção ainda é uma prioridade e informou que as ações continuam acontecendo todos os dias. “Hoje mesmo houve uma operação contra a corrupção”, retrucou o ministro, referindo-se à Operação Venire, da PF, que tem como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. As ações visam apurar a suspeita de adulteração de cartões de vacinação por meio de inserção de dados falsos no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS).