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Lula propõe moeda comum e intercâmbio de alunos em cúpula sul-americana

por Redação

O presidente Lula propôs 10 temas para discussão entre os presidentes e representantes que participam da reunião da cúpula dos países da América do Sul, em Brasília, nesta terça-feira (30).

Entre as questões para análise, estão medidas para ampliar a integração dos países da região na área energética, em acordos comerciais e na mobilidade de estudantes e pesquisadores.

Lula também reforçou o desejo de estabelecer uma moeda local para o comércio na América do Sul, em vez do dólar.

Antes de sugerir as medidas, o presidente deixou claro que as iniciativas eram apenas sugestões e que os temas ainda seriam discutidos ao longo do dia pelos mandatários sul-americanos.

Reforço à integração
Lula discursou na abertura do evento, no Palácio do Itamaraty, nesta manhã. Na fala, o presidente sugeriu a criação de um grupo formado por representantes pessoais de cada presidente, para aprofundar o debate sobre as questões.

A proposta é que, com base nas decisões tomadas na reunião desta terça, o grupo tenha 120 dias para apresentar propostas de integração para a América do Sul.

Durante o discurso, Lula ressaltou o desejo de aproximação entre os países da região para fortalecimento local.

“Enquanto estivermos desunidos, não faremos da América do Sul um continente desenvolvido em todo o seu potencial. A integração deve ser objetivo permanente de todos nós. Precisamos deixar raízes fortes para as próximas gerações”, disse.

Divergências ideológicas
Segundo o presidente brasileiro, a gestão anterior permitiu que diferenças ideológicas afastassem o Brasil dos fóruns regionais de integração.

“Na região, deixamos que as ideologias nos dividissem e interrompessem o esforço de integração. Abandonamos canais de diálogos e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos”, disse Lula.

“Tenho firme convicção de que precisamos reavivar nosso compromisso com a integração sul-americana. Quando assumi a presidência, em 1º de janeiro deste ano, a América do Sul voltou ao centro da atuação diplomática brasileira”, seguiu.

Texto/Reprodução/G1

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