A retomada das atividades do Polo Bahia Terra esteve no centro do debate, nesta segunda-feira (13), na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia. Os deputados se reuniram com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em sua primeira passagem pela Bahia como presidente da Estatal. Ontem (12), ele também esteve reunido com trabalhadores e representantes de aposentados da companhia, na sede do Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe), em Salvador.
No final do ano passado, alegando “questões de segurança”, 38 das instalações que compõem o Polo Bahia Terra, operado pela Petrobras, foram interditadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Durante uma fiscalização realizada pelo órgão regulador entre os dias 9 e 12 de dezembro, foram identificadas “situações críticas de falhas de conformidade de segurança operacional”. A ANP listou a falta de sensores de fogo e gás, sistemas de combate a incêndio e outros que visam combater possíveis vazamentos, incêndios e explosão em diversas instalações dos campos fiscalizados.
“Nós, deputados baianos, legítimos representantes dos interesses do povo, devemos ficar atentos ao tema e sermos participativos nesses debates, devido sua relevância não apenas para nosso estado, como para todo Brasil”, afirmou Matheus de Geraldo Júnior (MDB), vice-líder do governo na ALBA e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos, presente na reunião.
A companhia tem hoje no estado o processo de venda do polo Bahia Terra, que reúne 28 concessões, para um consórcio firmado entre PetroReconcavo e Eneva. No início de março, a estatal anunciou a suspenção da venda de ativos por 90 dias a pedido do Ministério de Minas e Energia devido ao processo de reavaliação da Política Energética Nacional. A venda do polo de Bahia, se concretizada, deve movimentar US$ 1,5 bilhão, de acordo com fontes do setor. Tido como um dos maiores polos em terra no programa de desinvestimentos, as concessões reúnem de 12 mil a 15 mil barris de óleo equivalente por dia. A expectativa era que o processo fosse concluído no fim do ano passado, mas acabou sendo adiado com a chegada do novo governo ao poder.
Em sua rede social Prates escreveu: “Recebi as demandas dos nossos companheiros do Polo da Bahia, onde o Brasil teve suas primeiras explorações com o nascimento da indústria petrolífera, em 1941, a partir do poço de Candeias, e firmamos nosso compromisso em defender e fortalecer a companhia, com o objetivo de pensar as mudanças necessárias do nosso Plano Estratégico para promover o retorno de novos investimentos, também em outros Estados e em novas matrizes e operações. Vamos seguir em diálogo direto com todos e todas para construir uma Petrobras forte para o futuro do povo brasileiro”, afirmou Prates.
“Estamos otimistas porque Jean Prates garantiu que a companhia ficará na Bahia, reforçando os investimentos locais e voltará a funcionar na Torre Pituba como estação de trabalho da capital baiana. O presidente nos assegurou ainda que o retorno das atividades no Polo Bahia também será incluído no novo Plano Estratégico da companhia. Essas são decisões importantes que terão impacto muito positivo no desenvolvimento do nosso Estado. Seguiremos acompanhando todas as discussões ”, finalizou Matheus de Geraldo Júnior.