O deputado federal Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), que enfrenta um processo de expulsão dentro do Partido Liberal, se reuniu nesta quarta-feira (20) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar, que ocupa atualmente a suplência da 4ª Secretaria da Mesa Diretora da Câmara, pode perder o cargo caso deixe a legenda.
Rodrigues passou a ser alvo de críticas internas depois de sair em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em meio às pressões dos Estados Unidos para aplicação da chamada Lei Magnitsky.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o deputado classificou a proposta como descabida. “É o maior absurdo que já vi na minha vida política. O Alexandre é um dos maiores juristas do país, extremamente competente. Trump tem que cuidar dos Estados Unidos. Não se meter com o Brasil como está se metendo”, afirmou.
A declaração gerou reação imediata na cúpula do PL. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, confirmou que houve forte pressão da bancada para que o processo de expulsão fosse aberto. Segundo ele, a posição de Rodrigues contraria a linha adotada pelo partido.
“Trump é o presidente do país mais forte do mundo. O que precisamos é de diplomacia e de diálogo, não de populismo barato, que só atrapalha o desenvolvimento da nossa nação”, declarou.