A Justiça da Bahia aceitou uma nova denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, e mais 12 pessoas. A decisão foi da juíza Márcia Simões Costa, no último dia 5 de novembro, da Vara Criminal de Feira de Santana. Sendo assim os acusados se tornaram réus em mais um processo relacionado aos desdobramentos da Operação El Patrón.
Binho Galinha, que foi suspenso do PRD, no último dia 15 de outubro, está sem partido.
Operação
A Operação El Patrón, teve a primeira fase deflagrada em dezembro de 2023 e investiga uma suposta organização criminosa liderada por Binho Galinha, que atua na região de Feira de Santana e cidades vizinhas. O grupo é acusado de cometer diversos crimes, como:
-Lavagem de dinheiro (através de empresas de fachada)
- Agiotagem;
- Extorsão;
- Jogo do bicho;
- Receptação qualificada e comércio clandestino de armas
- Associação para o tráfico de drogas (de acordo com apurações em desdobramentos mais recentes como a Operação Estado Anômico).
O deputado, que já era réu na Justiça, continua sob investigação por liderar as operações criminosas mesmo após as primeiras medidas cautelares, utilizando “laranjas” e empresas fictícias para movimentar recursos ilícitos.
No último mês de outubro, Binho Galinha tinha sido alvo de mandado de prisão preventiva no âmbito da Operação Estado Anômico, um desdobramento da “El Patrón”, e chegou a ser considerado foragido antes de se entregar. Esposa e filho do parlamentar também foram presos. O caso levou à discussão sobre o acionamento do Conselho de Ética na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Ações Judiciais
Na primeira denúncia, em dezembro de 2023, o MP denunciou 15 pessoas, incluindo Binho Galinha, por crimes como lavagem de dinheiro, agiotagem e receptação. A Justiça aceitou e o deputado se tornou réu pela primeira vez.
O Tribunal de Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 200 milhões nas contas dos investigados e o sequestro de 26 imóveis, além da interdição de seis empresas, na primeira fase da operação. A Operação Estado Anômico, posterior, determinou o bloqueio de até R$ 9 milhões em bens adicionais.