O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para a defesa de Jair Bolsonaro se manifestar sobre um documento de pedido de asilo político encontrado no celular do ex-presidente. A medida foi tomada após relatório da Polícia Federal que indicia Bolsonaro e seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro, em investigação sobre possíveis articulações envolvendo tarifas dos EUA contra o Brasil.
Segundo a PF, o documento, sem assinatura ou data, com 33 páginas, sugere que Bolsonaro considerou pedir asilo ao presidente da Argentina, Javier Milei, e estava salvo em seu celular desde 2024. O relatório também aponta tentativas de burlar medidas cautelares, como manter contato com investigados e acessar redes sociais por meio de terceiros.
Além disso, Moraes citou o contato do general Braga Netto com Bolsonaro, mesmo proibido, e mensagens trocadas com aliados para orientar publicações nas redes. O ministro encaminhou o relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se Bolsonaro e Eduardo serão formalmente denunciados ao STF.