Três semanas após invasão, Câmara de Salvador instala Conselho de Ética

Quatro meses após o início da legislatura, a Câmara Municipal de Salvador (CMS) instalou na tarde desta terça-feira, 17, última sessão legislativa antes do recesso, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O requerimento foi apresentado pelo vereador Claudio Tinoco (União Brasil).

O colegiado surge pouco mais de três semanas após ainvasão ao plenáriodo Centro de Cultura, protagonizada pelos servidores municipais, em sua maioria ligados a APLB Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) e ao Sindseps (Sindicato dos servidores da prefeitura de Salvador), que protestavam contra a votação do projeto de reajuste salarial, enviada pelo Executivo.

O Conselho foi aprovado, em plenário, pela maioria dos vereadores. Os membros do colegiado foram escolhidos devido à proporcionalidade partidária, segundo explicou o presidente Carlos Muniz (PSDB).

Confira a composição do novo colegiado:

Presidente: Alexandre Aleluia (PL);
Vice-presidente: Claudio Tinoco (União Brasil);
Secretária: Cris Correia (PSDB);
Membros: Duda Sanches (União Brasil); Cezar Leite (PL); Marta Rodrigues (PT); e Hélio Ferreira (PCdoB).
Suplentes: Anderson Ninho (PDT); Marcele Morais (União Brasil), Aladilce Souza (PCdoB); Silvio Humberto (PSB); Marcelo Guimarães Neto (União), Ireuda Silva (Republicanos); e Júlio Santos (Republicanos).

O que diz o presidente
Em coletiva de imprensa, após a votação do LDO e de projetos de vereadores, o presidente Carlos Muniz (PSDB) negou que a motivação para a instalação do colegiado esteja relacionada a Assis.

“O Conselho de Ética não foi criado por causa do vereador Hamilton, na realidade, porque nós teríamos que criar. É algo que tanto o vereador Hamilton como qualquer vereador de situação pode estar respondendo a ele”, comentou o tucano.

Para Muniz, a instalação do Conselho deve ser tratada como “obrigação” do Parlamento.

Repercussão da invasão
O ato gerou repercussão na Casa Legislativa e causou indignação nos vereadores. Na ocasião, os governistas apontaram membros da oposição como responsáveis pelo ataque, que culminou em agressão a dois edis: Sidninho e Maurício Trindade, ambos do PP.

Após o episódio, o vereador Hamilton Assis (PSOL) entrou na mira dos colegas e foi apontado como articulador do processo. O vereador Claudio Tinoco (União Brasil), por sua vez, foi o porta-voz na Casa Legislativa sobre a abertura de uma representação contra o mandato do psolista.

“Vou solicitar uma representação contra o vereador Hamilton Assis, se puder farei isso no dia de amanhã porque, entre outras coisas, atribuiu a este vereador, afirmações inverídicas, dentre elas que nós do Poder Legislativo de Salvador, tínhamos, uma sociedade secreta”, declarou o líder do União.

Relembre a invasão
Os vereadores Sidninho (PP) e Maurício Trindade (PP) foram hostilizados por sindicalistas durante a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Salvador, na tarde desta quinta-feira, 22 de maio, que discute o reajuste salarial dos servidores do município.

O grupo, que acompanha os trâmites da votação no plenário da Casa, tentou impedir o acesso da imprensa, pouco antes da sessão. Em seguida, os servidores municipais invadiram a sala onde ocorre a sessão, no Centro de Cultura da Câmara Municipal, sede provisória do legislativo.

Maurício Trindade, 1º vice-presidente da Casa, chegou a entrar em luta corporal com um dos servidores, sendo agredido. O vereador Sidninho foi mordido no braço na mesma confusão, na sequência.

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