A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre os assassinatos de Ivan Passos e Georlando Silva, ocorridos em novembro de 2020 e março de 2021, respectivamente. De acordo com o inquérito, não foi comprovada qualquer relação política dos crimes.
O BNews teve acesso com exclusividade a todo material. Na época das mortes, a atual prefeita e pré-candidato em Cachoeira, na Recôncavo baiano, Eliana Gonzaga (PT), e seu marido, Josmar Barbosa, atribuíram os assassinatos a uma suposta motivação política que teria partido do grupo do ex-prefeito Tato.
Durante os três anos e oito meses de investigação, o grupo e os familiares do ex-prefeito foram acusados diversas vezes em declarações públicas feitas pela prefeita e seu esposo.
Nesta terça-feira (23), durante entrevista para a Rádio Web Olha a Pititinga, o ex-prefeito Tato revelou que, “diante da injustiça cometida contra seu grupo e familiares, das inúmeras fake news que tentavam associar sua imagem e a de seu grupo aos crimes, já tomou medidas legais contra os acusadores”.
Um processo de interpelação judicial foi protocolado pedindo excplicações da prefeita Eliana Gonzaga de Jesus e seu esposo acerca das declarações. A alegação é de que houve “exploração política das mortes e disseminação de informações falsas para prejudicar o grupo político de Tato”.
“Com essa conclusão da Polícia Civil, espero que a prefeita nos deixe em paz e concentre seus esforços nos reais problemas da cidade de Cachoeira”, acrescentou o ex-prefeito.
Interpelação Judicial
O processo de interpelação judicial visa exigir que Eliana Gonzaga de Jesus e Josmar Barbosa dos Santos de Souza prestem esclarecimentos sobre suas declarações públicas e cessem a disseminação de informações caluniosas.
A defesa de Tato reiterou que as acusações são infundadas e têm causado danos significativos à reputação do ex-prefeito e de seu grupo político.
“A interpelação pede que tanto a prefeita quanto seu marido parem de fazer qualquer afirmação que indique a relação dos assassinatos de Georlando e Ivan Passos a questões de ordem política, tendo em vista o relatório conclusivo da Polícia Civil que indica a sua total inexistência, sob pena de multa diária no valor de R$ 1.000,00 para cada descumprimento, até decisão final”, destacou o advogado Igo Vinícius Moreira Gomes Oliveira.
O advogado informa ainda que, uma vez concluído que os crimes nada têm a ver com motivação política, somente a prefeita e seu esposo poderão dar explicações sobre a real intenção das suas falas acusatórias feitas durante três anos e oito meses contra o grupo que foi vítima de acusações falsas.
O BNews tentou contato com a assessoria da prefeita Eliana Gonzaga, que informou ter tomado conhecimento do caso e se comprometeu a enviar um posicionamento.