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O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) decidiu apoiar a campanha de Pablo Marçal (PRTB) para a Prefeitura de São Paulo. A decisão aconteceu após jantar organizado pelo ex-ministro em sua casa para ouvir o candidato.

Salles diz ao Painel que o objetivo do encontro era conhecer Marçal e ouvi-lo a respeito de suas propostas para a cidade. Durante o jantar, o influenciador falou para cerca de 130 pessoas e teve a companha de Filipe Sabará, coordenador do programa de governo, e Marcos Cintra, anunciado como secretário da Fazenda caso o candidato vença a eleição.

Segundo o ex-ministro, Marçal não fugiu de perguntas, falou de passagens controversas de sua vida, como a prisão após envolvimento com quadrilha de desvio de contas bancárias, e agradou ao declarar que sabe que não está totalmente preparado para administrar a cidade, já que não tem experiência política, mas quer se cercar de pessoas capacitadas em todas as áreas caso seja eleito.

O discurso ecoou o de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, que também reconhecia desconhecimento em relação a diversos temas e dizia que precisaria do auxílio de especialistas para gerir o país. O principal desses nomes foi Paulo Guedes, ministro da Economia, apelidado por ele de “posto Ipiranga”, em referência ao comercial da empresa com o bordão “pergunta no posto Ipiranga” como resposta para todas as perguntas.

Salles diz que Marçal mostrou franqueza, humildade e inteligência, e por isso terá o seu apoio na reta final do primeiro turno. Além do ex-ministro, outros bolsonaristas declararam apoio a Marçal recentemente, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marco Feliciano (PL-SP).

Como mostrou o Painel, ainda que apoie oficialmente a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), Bolsonaro não tem desencorajado os aliados que se juntam a Marçal.

Salles lançou pré-candidatura a prefeito de São Paulo duas vezes, mas desistiu após pressão do PL, ao qual estava filiado na época e que apoia a reeleição de Nunes. Marçal absorveu para a sua campanha o discurso que era feito por Salles de que o emedebista é de centro e que a única candidatura de direita em São Paulo é a dele, repetido durante o jantar desta terça-feira (1º).