A plataforma ‘X’, antigo Twitter, alertou aos usuários sobre uma publicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em que classifica “fake news” como crime no país. Contrariando o titular da Justiça, a plataforma sugeriu aos internautas uma matéria do g1 confrontando a fala de Dino. Na oportunidade, o ‘X’, antigo Twitter, nega que o tema seja infração no Brasil.
“Ao contrário do que afirma o ministro, fake news não é crime no Brasil. Criar e compartilhar fake news ou desinformação, não é um crime em si. Uma pena pode ser aplicada apenas em casos de calúnia, injúria ou difamação contra um indivíduo ou organização”, diz a publicação recomendada pela plataforma.
A declaração de Dino nas redes sociais é uma resposta ao jornalista Alexandre Garcia, que durante o programa “Oeste Sem Filtro”, veiculado no YouTube, responsabilizou o governo federal pelas enchentes registradas no Rio Grande do Sul (RS) no último fim de semana. Na oportunidade, 46 pessoas morreram em decorrência da tragédia.
“É preciso investigar, porque não foi só a chuva. A chuva foi a causa original. Mas em governo petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam as medições ambientais, três represas pequenas que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo. Isso causou uma enxurrada parecida com aquelas que acontecem aqui perto de Brasília, na Chapada dos Veadeiros, e que levam as pessoas e que matam pessoas porque a água vem de repente”, alegou Garcia.
Em resposta, o ministro da Justiça e Segurança Pública considerou a fala como criminosa e acionou a Polícia Federal para tratar sobre o assunto com o rigor da lei.
“Reitero que fake news é crime, não é “piada” ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias. A Polícia Federal já tem conhecimento dos fatos e adotará as providências previstas em lei”.