A deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) falou nesta quarta-feira (8) sobre o posicionamento da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) diante do caso do deputado Binho Galinha (PRD), preso preventivamente desde 3 de outubro. Ele é acusado de liderar uma milícia envolvida em crimes como lavagem de dinheiro, agiotagem e jogo do bicho.
A deputada afirmou que os parlamentares estão apreensivos para evitar equívocos. “Há uma apreensão de a gente não cometer nenhum erro, mas estamos preparados. Já tivemos acesso aos autos e hoje vamos analisar a defesa para emitir um parecer justo, que depois será levado ao plenário”, disse.
Fabíola reforçou que o processo corre em segredo de justiça e que a Assembleia deve ouvir todas as partes antes de qualquer decisão. “É preciso que a população entenda que não podemos emitir opinião sem ouvir todas as partes”, afirmou.
Binho Galinha, nome político de Kléber Cristian Escolano de Almeida, estava foragido desde 1º de outubro e se entregou ao Ministério Público da Bahia. Ele e familiares, esposa e filho, são suspeitos de operar empresas de fachada e movimentações financeiras ilegais.
O deputado está custodiado em uma Sala de Estado-Maior no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, conforme previsto para parlamentares. Ele nega envolvimento com atividades criminosas e afirma estar colaborando com as autoridades.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alba se reúne, também nesta quarta, para analisar o expediente da presidência sobre a prisão de Binho Galinha. Segundo o presidente da comissão, deputado Robinson Almeida (PT), a Casa tem até 72 horas após notificação judicial para emitir parecer.
O parecer da CCJ será votado em plenário, podendo levar à suspensão ou cassação do mandato do parlamentar, caso seja constatado que ele feriu o decoro.