O presidente Lula (PT) classificou como “barbárie” os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas destruíram os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF. A declaração foi dada em encontro com governadores.
Lula também falou em governar de forma civilizada e recuperar a democracia no Brasil. A essencialidade da democracia é falar o que quer desde que não obstrua o direito do outro falar. Fazer o que quer desde que não adentre o espaço das outras pessoas. Por isso, eu falo que o Brasil precisa voltar à normalidade. Desde a campanha, Lula promete uma reunião com todos os governadores para restabelecer a relação perdida na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Na véspera do encontro, governadores celebraram a “volta do diálogo”.
“Essa reunião é para fazer com que o país volte à normalidade em que conversar não é proibido, reivindicar não é proibido, se queixar não é proibido. Não tem sentido um presidente visitar o estado e não visitar o governador porque pertence a um partido diferente”, declarou Lula, sem citar o nome de Bolsonaro.
brasília
Esplanada deve ser fechada durante posse na quarta-feira (1º), afirma Flávio Dino
A Esplanada dos Ministérios em Brasília será totalmente fechada para a posse dos deputados federais e senadores, que acontece na próxima quarta-feira (1º). De acordo com o ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, o fechamento se dá por questão de segurança, após a invasão nas sedes dos Três Poderes, no último dia 8 de janeiro.
“A tendência é de que, no dia 1º de fevereiro, haja o fechamento total da Esplanada. […] Não acreditamos que haverá manifestações dessa natureza, de centenas ou de milhares de pessoas, porém, a estas alturas, tendo em vista o extremismo de pequenos segmentos sociais, a prudência indica que esse deve ser o caminho”, afirmou.
O indicativo de fechar a Esplanada foi discutida durante uma reunião entre os governos federal, distrital, policiais legislativos e Supremo Tribunal Federal (STF).
‘Operação Lesa Pátria’: PF prendeu mais 5 envolvidos em atos vândalos de Brasília
Equipes da Polícia Federal estão nas ruas nesta sexta-feira (27) para cumprir a terceira fase da operação Lesa Pátria – relacionada aos envolvidos nos atos golpistas do último dia 8.
Segundo material divulgado, serão cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF.
Um dos mandados de busca e apreensão tem como alvo Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Seis dos 11 mandados de prisão já tinham sido cumpridos pela manhã. Os presos vão ficar detidos nos estados, e devem prestar depoimento ainda nesta sexta.
Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados “constituem, em tese, os crimes de:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza. Ela foi flagrada em vídeos depredando os prédios públicos e, antes, já tinha sido presa por tráfico. Em Minas Gerais, foram presos Eduardo Antunes Barcelos, da cidade de Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora.
No Paraná, foi preso o empresário Claudio Mazzia.
No Distrito Federal, foi preso o policial federal aposentado José Fernando Honorato de Azevedo. Nas eleições de 2018, ele concorreu a uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo PRP.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou os números da operação em uma rede social.
“Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas”, escreveu.
Presidente do PL minimiza minuta golpista e confirma propostas semelhantes ‘na casa de todo mundo’
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem sido acusado de conivência com os atos golpistas de 8 de janeiro. O líder minimizou a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e afirmou que propostas semelhantes circularam no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Valdemar Costa Neto, ele mesmo recebeu sugestões que apresentavam alternativas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valdemar disse que o ex-presidente, mesmo cobrado pela própria base, “não quis fazer nada fora da lei”. A declaração foi dada durante entrevista ao jornal O Globo.
“Ele nunca falou nesses assuntos comigo [sobre contestar a eleição]. Um dia eu falei: ‘Tudo que temos que fazer tem que ser dentro da lei’. Ele falou: ‘Tem que ser dentro das quatro linhas da Constituição’. Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político”, disse Valdemar.
“Tinha gente que colocava [o papel] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei”.
“A pressão em cima dele foi uma barbaridade. Como o pessoal acha que ele é muito valente, meio alterado, meio louco, achava que ele podia dar o golpe. Ele não fez isso porque não viu maneira de fazer”, contou.
E concluiu: “Agora, vão prendê-lo por causa disso? Aquela proposta que tinha na casa do ministro da Justiça, isso tinha na casa de todo mundo. Muita gente chegou para mim agora e falou: ‘Pô, você sabe que eu tinha um papel parecido com aquele lá em casa. Imagina se pegam’”.
Jerônimo Rodrigues vai a Brasília em busca de investimentos e participa de reunião com Lula
O governador Jerônimo Rodrigues participa nesta sexta-feira (27) da reunião de governadores com Lula, quando apresentará as prioridades de investimentos da Bahia e do Nordeste ao presidente.
“Vamos fazer uma verdadeira caravana por Brasília, passando por ministérios importantes como os da Saúde, Educação, Casa Civil e Cultura. Queremos tratar de projetos estruturantes, da questão indígena do Extremo Sul, e claro, da nossa luta para acabar com a fome”, explicou Jerônimo.
O primeiro compromisso na capital federal é na pasta da Educação, com o ministro Camilo Santana e a secretária Adélia Pinheiro. Serão discutidos, entre outros temas, financiamento para modernização de unidades escolares, retomada das obras de creches e escolas da rede municipal, universalização de acesso à internet, acesso ao ensino superior e alimentação escolar. No início da tarde, a comitiva irá ao Ministério da Casa Civil para uma reunião que terá, além do ministro Rui Costa, a participação da Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A pauta é a demarcação de terras indígenas no Extremo Sul da Bahia.
A comitiva baiana é formada pelos secretários da Educação, Saúde, Segurança Pública, Justiça, Casa Civil e pela Superintendência de Políticas para Povos Indígenas. No fim do dia, será realizada uma reunião preparatória para o encontro de governadores com o presidente Lula. “Neste último encontro do dia vamos fechar a pauta de prioridades que os 27 Estados apresentarão amanhã, na reunião com o presidente. Destacando, para a Bahia, temas importantes como a Ponte Salvador-Itaparica, a ferrovia, estradas, segurança pública, e repito, o combate à fome”, afirmou o governador.
Flávio Dino afirma que intervenção ‘cumpriu o seu papel’ e não será prorrogada
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quarta-feira (25) que a intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal não será prorrogada.
A intervenção federal está prevista para encerrar no dia 31 deste mês. No período, a União assume o comando da segurança pública no distrito no lugar do governo local.
“Sim, a intervenção federal findará no dia 31 de janeiro porque não há mais causa constitucional para intervenção”, disse. “Nós consideramos que a intervenção cumpriu o seu papel. Já inicia amanhã uma transição.”
A intervenção federal iniciou no último dia 8, quando terroristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, a pedido do presidente Lula (PT).
Senado identifica mais 23 envolvidos em atos de Brasília e pede investigação à PGR
A Polícia Legislativa do Senado informou nesta quarta-feira (25) que identificou mais 23 pessoas envolvidas nos atos terroristas de 8 de janeiro que depredaram o Congresso Nacional.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve enviar ainda nesta semana à Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido para que esses suspeitos sejam investigados.
No último dia 8, vândalos bolsonaristas radicais invadiram e depredaram em Brasília os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
Os terroristas também danificaram obras de arte e destruíram móveis e equipamentos de trabalho dos funcionários.
Desde então, houve vários desdobramentos, como:
a prisão de vários desses terroristas;
a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal;
a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres;
o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB);
a identificação de militares envolvidos nos atos.
Se confirmada, esta será a segunda representação enviada pelo Senado à PGR.
Líder da bancada baiana, Lídice confirma apoio à reeleição de Lira: ‘Necessário’
A líder da bancada baiana na Câmara Federal e deputada reeleita, Lídice da Mata (PSB) esteve presente no jantar dos correligionários em apoio à candidatura de reeleição de Arthur Lira (PP) para a presidência da Casa, em Brasília. A política baiana justificou o posicionamento favorável à Lira em virtude do desafio que o presidente Lula (PT) deve passar durante o seu mandato. A eleição acontecerá no início de fevereiro.
“Esse é o momento de pacificação do país e entendemos que os poderes da República são autônomos”, disse a líder da bancada baiana na Câmara.
No jantar com Lira estiverem presentes deputados de oposição e de governo de Jerônimo Rodrigues (PT). “O nome de Arthur Lira é hoje consensual entre a maioria dos parlamentares e o PSB resolveu apoiá-lo, assim como grande parte da base do presidente Lula, que terá o desafio de reconstruir o Brasil e, para isso, precisa ter uma relação harmônica com o parlamento”, concluiu Lídice.
Outros apoiadores dos governos Jerônimo e Lula que se manifestaram foram os deputados federais Zé Neto (PT) e Alice Portugal (PCdoB).
Generais reforçam movimento de Tomás Paiva para ‘tirar política dos quartéis’
Generais que participaram da reunião do Alto Comando do Exército nesta terça-feira (24) afirmaram concordar com o movimento proposto pelo comandante da força, general Tomás Paiva, para despolitizar os quartéis, segundo o colunista Gerson Camarotti.
No encontro, o comandante do Exército repassou aos generais a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que a política seja retirada do Exército.
Em entrevista à jornalista Natuza Nery, da GloboNews, na última quarta-feira (18), Lula disse que era necessário “não politizar” as Forças Armadas e que não existe exército do Lula nem de Jair Bolsonaro (PL).
Às vésperas de eleição, Lira libera cargos e aumenta auxílio moradia
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidiu aumentar o valor do auxílio-moradia dos deputados. Além disso, ele também assinou ato que prevê a redistribuição de cargos de livres nomeações. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara, nesta segunda-feira (24).
O vale-moradia dos deputados sai de R$ 4.253,00 para R$ 6.654,00. O auxílio-moradia é pago aos parlamentares que não utilizam as residências funcionais da Câmara.
O valor da cota parlamentar varia de acordo com o estado do deputado, porque leva em consideração o preço das passagens aéreas de Brasília até a capital de onde o parlamentar foi eleito.
O melhor valor do cotão – destinado aos parlamentares do Distrito Federal – saiu de R$ 30,8 mil para R$ 36,7 mil.
Segundo a Mesa Diretora da Câmara, esse aumento foi baseado na atualização dos valores das passagens aéreas, que não sofriam alteração desde 2016.
A decisão protocolada pelo presidente da Câmara também se estende a uma nova distribuição de livre nomeação de cargos dentro da casa.
O PL, partido que mais elegeu deputados nas eleições de 2022, ficou com 218 vagas; PT, com 83; e União Brasil, com 74.
Enquanto os partidos nanicos que não atingiram a cláusula de barreira, como Novo, PSC, Patriota, Solidariedade, Pros, Novo e PTB, ficaram com uma cota de dez funcionários de livre nomeação cada.