O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) negou a existência de uma “Abin paralela” para espionar autoridades durante o período em que esteve à frente do órgão durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9), o parlamentar argumentou que o sistema de inteligência funcionava de forma “analógica”.
“Negativo, não houve essa questão [de espionar autoridades]. O sistema First Mile era utilizado pelo departamento de operações, que não havia policial algum lotado naquele departamento de operações. O sistema First Mile era de gerência, acesso às senhas, credenciamento, execução apenas do departamento de operações”, argumentou Ramagem.
O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) negou a existência de uma “Abin paralela” para espionar autoridades durante o período em que esteve à frente do órgão durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9), o parlamentar argumentou que o sistema de inteligência funcionava de forma “analógica”.
“Quando eu cheguei na Abin, o que eu constatei é que a Abin era analógica completamente. Eu vi uma verdadeira bagunça de procedimentos e acabei vendo que era proposital ser completamente analógica para não ter controle. Eles não tinham, inclusive, em 2019, o Sistema Eletrônico de Informações, que era uma obrigação ter na administração pública federal desde 2013”, acrescentou.
Alexandre Ramagem é o segundo réu do “núcleo 1” a depor na Corte. Ele é acusado de usar a estrutura da Abin para espionar, ilegalmente, desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro.