PSOL pede cassação da ex-ministra Damares Alves por negligência no caso dos Ianomâmis

Futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, fala à imprensa no CCBB. Ela também ficará responsável pela Funai.

A bancada do PSOL pediu a cassação da senadora e ex-ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, por omissão em relação às políticas voltadas para os Povos Ianomâmis. Em ofício encaminhado para o presidente, Rodrigo Pacheco (PSD), nesta quinta-feira (9), o grupo alega que a senadora teve “práticas incompatíveis com o exercício do mandato parlamentar”.

O pedido é baseado em um relatório divulgado pela atual gestão dos Direitos Humanos no último dia 30. Segundo o levantamento do MDHC, a gestão encabeçada pela ex-ministra descumpriu três exigências judiciais acerca do tema entre 2019 e 2022 e ignorou ao menos sete recomendações e pedidos de órgãos como ONU, Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e Ministério Público Federal (MPF).

“A Presidência de Jair Bolsonaro – no qual a representada, Damares Alves, exerceu o cargo de Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos – utilizou a máquina pública como um instrumento para uma política etnocida e racista contra os Povos Indígenas e, em particular, contra o Povo Yanomami, defendendo expressamente a prática do garimpo ilegal em terras indígenas, demarcadas ou não, bem como incentivando a invasão dessas áreas por grupos ilegais de madeireiros e pecuaristas”, diz trecho.

O MPF apura, desde 30 de janeiro, a responsabilidade do estado brasileiro na crise humanitária em Roraima. O órgão vai investigar ainda como as ações e omissões de gestores e políticos podem ter contribuído para a situação da etnia que vive na região.

Related posts

Alcolumbre pede ao STF que número de deputados seja mantido em 2026

Lula veta trechos da lei que reduz tempo de punição para políticos cassados

Deputado denuncia partido de esquerda por ato que celebra ataque do Hamas a Israel: “Apologia ao terrorismo”