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Governador decidiu adiar reforma no secretariado para fim de março, dizem aliados

por Redação

Integrantes da base aliada ao Palácio de Ondina garantem que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) decidiu postergar a reforma administrativa no primeiro e segundo escalões do Executivo para fim de março ou início de abril, quando termina o prazo fixado em lei para desincompatibilização de ocupantes de cargos comissionados que vão disputar as eleições este ano – seis meses antes do primeiro turno. Até então, a expectativa era de que as mudanças – sobretudo, no secretariado – fossem feitas por Jerônimo em janeiro.

A antecipação da dança de cadeiras para o início de 2024 era defendida pelo secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano, responsável pela articulação política do governo e pré-candidato a prefeito de Camaçari, cidade que administrou por três vezes. Entretanto, o processo de escolha do candidato a vice na chapa liderada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB) em Salvador e dificuldades decorrentes da montagem dos palanques nos maiores colégios eleitorais da Bahia fizeram com que Jerônimo alterasse o cronograma.

Um dos casos citados por fontes com trânsito livre na Governadoria é Ilhéus, no litoral sul, onde permanecem dúvidas sobre a viabilidade de lançar a secretaria estadual da Educação, Adélia Pinheiro, como candidata apoiada pelo prefeito Mario Alexandre, o Marão (PSD). Especialmente, diante das indefinições em torno das candidaturas de oposição, dividida entre o empresário Valderico Júnior (União Brasil) e o secretário-geral do PP baiano, Jabes Ribeiro, ex-prefeito da cidade. Líderes oposicionistas tentam articular um só palanque com os dois, mas nem Valderico e nem Jabes aceitaram ainda ceder o espaço em benefício do outro.

Até então, trabalhava-se com a tese de que era necessário antecipar a saída de secretários e dirigentes de órgãos de segundo escalão que vão disputar as eleições, para que eles começassem a trabalhar em suas bases o quanto antes. Mas prevaleceu o entendimento de que não há motivo para pressa. “Tem muita coisa ainda aberta. Daí a decisão do governador de tocar as mudanças até o limite do calendário (estabelecido por lei)”, disse um cardeal governista ligado ao núcleo político de Jerônimo.

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