O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou as redes sociais para criticar os senadores que derrubaram a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, nesta quarta-feira (24).
Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar disse que os senadores são “serviçais complacentes dos tiranos” e “reféns de desinformação e engodo”
“Os senadores e governadores que impediram a criação das garantias mínimas contra o regime de exceção são serviçais complacentes dos tiranos. (…) Vocês são reféns de desinformação e engodo. Optaram em manter os poderes ilimitados da burocracia não eleita, por puro medo politiqueiro”, escreveu o deputado.
“Nesse país, só vai para cadeia parlamentar que ousa pensar diferente dos dogmas da extrema-esquerda no poder. Parlamentar corrupto goza de todas as blindagens que seus comparsas no poder permitem”, emendou.
PEC da Blindagem
A PEC da Blindagem foi aprovada pela Câmara dos Deputados no último dia 16 de setembro em dois turnos. A proposta defendia que deputados e senadores só poderiam ser investigados e presos com aval do Congresso Nacional.
Ainda segundo o texto, presidentes nacionais de partidos com representação no Senado e na Câmara poderiam ter foro privilegiado e deveriam ser julgados diretamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, a aprovação do texto na Câmara foi criticada pelo meio político e pela sociedade, que realizou manifestações contra a proposta em todo o Brasil, no último domingo (21). O ato realizado em Salvador reuniu mais de 50 mil pessoas na orla da Barra.
A PEC da Blindagem foi analisada nesta quarta-feira (24) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), considerou o texto “inconstitucional” e recomendou sua rejeição.
Em seguida, a PEC da Blindagem foi rejeitada pela CCJ do Senado por unanimidade. Ainda na quarta-feira (24), o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil), arquivou a proposta.
“Esta presidência, com amparo regimental claríssimo, determina o seu arquivamento sem deliberação de Plenário”, disse Alcolumbre.