A federação formada por União Brasil e Progressistas anunciou, nesta terça-feira, 2, que vai deixar o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi divulgado por Antônio de Rueda e Ciro Nogueira, presidentes das duas siglas.
O movimento, já aguardado nos últimos dias, foi consolidado após uma reunião capitaneada com os dirigentes partidários e os ministros filiados ao dois partidos: Celso Sabino (Turismo), do União, e André Fufuca (Esportes), do PP. O União Brasil ainda tem indicações nos ministérios da Integração (Waldéz Goes) e Comunicações (Frederico de Siqueira Filho).
Waldéz e Frederico devem permanecer nos cargos, já que foram indicados pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, mas não são filiados ao União. Já o pepista Fufuca, que substituiu Ana Moser no Ministério dos Esportes, terá que deixar o cargo.
Sabino assumiu o Ministério do Turismo em 2023, no lugar de Daniela Carneiro, deputada federal e ex-primeira-dama de Belford Roxo.
Racha no União Brasil
Segundo informações obtidas pelo Portal A TARDE, em conversas recentes com deputados federais do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente da sigla, ACM Neto, está por trás das articulações para a saída da legenda do governo.
O movimento de Neto, visto como isolado dentro do partido, tem como objetivo evitar um apoio da sigla ao presidente Lula em 2026, o que deve fragilizar ainda mais sua eventual candidatura ao governo da Bahia, que hoje enfrenta um cenário com poucos apoio.
Debandada
A articulação de ACM Neto, entretanto, deve resultar em uma debandada de deputados federais do União Brasil no próximo ano. Entre os nomes, de acordo com apuração do Portal A TARDE, está Luciano Bivar, ex-presidente nacional do partido, que perdeu o cargo após uma queda de braços com Neto e Rueda.
União Brasil e PP agora devem apoiar oficialmente uma candidatura de centro-direita ao Palácio do Planalto no próximo ano, na ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).