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Alcolumbre e Motta não vão à cerimônia de Lula de sanção do Imposto de Renda e escalam crise

por Redação

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiram não comparecer à cerimônia de sanção do projeto de lei que eleva a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, no Palácio do Planalto.

Ela estava marcada para as 10h30. Lula esperava que os dois comparecessem, já que a medida foi aprovada no Congresso.

A decisão, combinada entre os dois, escancara divergências e joga a crise definitivamente no colo do presidente.

Até então, tanto Alcolumbre quanto Motta miravam nos líderes do PT no Senado (Jaques Wagner) e na Câmara (Lindbergh Farias), com quem se diziam rompidos.

Com a ausência, o alvo passa a ser diretamente o presidente Lula.

As ausências deixam ainda mais explícito o descontentamento dos dois com o governo federal.

Lula não apenas tinha convidado ambos para a cerimônia como tinha feito um convite para que discursassem.

Davi Alcolumbre abriu guerra contra o governo depois que Lula decidiu indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O candidato dele para a vaga aberta pelo ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou em outubro, era o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Desde então, Alcolumbre passou a bombardear Messias, minando as chances de ele ser aprovado pelo Senado para a vaga.

Nesta semana, ele marcou a sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para o dia 10 de dezembro _deixando um prazo curto para que o escolhido por Lula possa se apresentar aos senadores.

Já Motta acumula atritos com o governo desde que trabalhou para que a proposta de aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) fosse rejeitado na Câmara dos Deputados.

Os desentendimentos se acirraram na votação do projeto Antifacção enviado por Lula para o parlamento.

O presidente da Câmara indicou um desafeto do governo, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para ser o relator da proposta.

A escolha sofreu oposição frontal do PT, expressa pelo líder do partido, Lindbergh Farias (PT-RJ).

Motta afirma que o partido do presidente tem feito uma oposição desleal a ele, indo para as redes sociais atacá-lo como defensor de banqueiros e bilionários.

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