Vereadores vão analisar vetos de Bruno Reis a projeto da Louos e mudança no subsídio do transporte púbico

Com o fim do Carnaval, a expectativa é que os trabalhos na Câmara Municipal de Salvador comecem de fato na próxima segunda-feira (19). Apenas do Executivo, já há duas proposições na pauta: os vetos parciais ao projeto que fez mudanças na Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos), aprovado em dezembro de 2023, e a proposta de alteração na concessão do subsídio para as empresas de transporte público da capital, votada em novembro do mesmo ano.

No caso da Louos, o prefeito Bruno Reis (União) vetou sugestões apresentadas pelos vereadores e que foram incorporadas ao texto. Um dos vetos foi ao artigo 3, que proibia a construção, nas áreas lindeiras à Avenida Lafayette Coutinho (Contorno), na lateral situada na borda da Baía de Todos-os-Santos, de novos empreendimentos imobiliários acima um pavimento, além de, em ambos os lados da via, a implantação de borracharia, ferro velho, depósito de bebidas, postos de abastecimento de combustíveis e seus derivados, como também ponto de estocagem de material para reciclagem.

“A proposta de proibição de construção de novos empreendimentos imobiliários de natureza residencial ou comercial nas áreas lindeiras à Avenida Lafayette Coutinho é medida que requer estudos técnicos e audiências públicas, pois envolve diversos fatores a serem analisados a exemplo de econômicos, sociais, ambientais, urbanísticos, dentre outros. Considerando que a regra vigente acerca da matéria foi objeto do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) e Louos, a sua alteração, portanto, deverá ser objeto de análise dos técnicos do município junto à população”, justificou Bruno Reis.

O prefeito vetou também o artigo que impedia a realização de shows musicais na Arena Fonte Nova. Bruno Reis disse que a medida, em uma cidade musical, não atende ao interesse público. Outra emenda vetada estabelecia mudava o zoneamento da Avenida Cardeal da Silva para predominantemente residencial, medida que o prefeito afirmou precisar de mais estudos técnicos.

Bruno Reis vetou ainda alterações na área de proteção natural de Jaguaribe, a exemplo da proibição da erradicação ou corte de árvores com caules superiores a 15 centímetros de diâmetro e o impedimento da implantação de qualquer empreendimento, salvo aqueles constituídos por estruturas temporárias com área máxima de 20 metros quadrados, destinados ao apoio das atividades de recreação e lazer. O prefeito alegou que o tema requer mais estudos técnicos.

Presidente da Câmara Municipal, o vereador Carlos Muniz (PSDB) defendeu as emendas dos vereadores. “No caso da Avenida Contorno, o prefeito achou inviável a proibição das construções. Agora, vai haver a discussão para sabermos se vamos manter ou derrubar o veto. Eu sou coerente: se o projeto fosse meu, feito pensando na população, eu votaria para derrubar”, declarou o tucano.

Já o projeto que modifica a lei do subsídio do transporte público permite ao Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC) a aplicação das tarifas, técnica e pública, definidas para os ônibus convencionais. Em novembro de 2023, a os vereadores aprovaram a proposta do Executivo de destinar o valor máximo total de R$205 milhões para as empresas de transporte da cidade, sendo R$15 milhões ao STEC. A medida, segundo o prefeito, visou evitar a falência do setor.

Related posts

Encontro do Mandato apresenta balanço de 2025 e consolida Leo Prates como deputado baiano mais atuante na Câmara

Prefeitura sanciona lei que inclui Festa de Olojá no calendário oficial de Salvador

Ame Pirajá realiza Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho