Senador baiano aponta que politização dos militares é uma ‘herança maldita’ da era Bolsonaro

O ex-ministro da Defesa na gestão Dilma Rousseff (PT) e senador Jaques Wagner (PT) apontou que ‘um dos maiores estragos’ da gestão de Bolsonaro foi a politização das forças de segurança. Segundo o líder do governo Lula no Senado, essa ‘herança maldita’ levará um tempo para ser corrigida no país.

“Foi um dos maiores estragos, que foi contaminar a sociedade brasileira com o vírus da intolerância do ódio, do desrespeito, da falta de educação”, declarou o senador, nesta sexta-feira (13), em entrevista à Rádio Metrópole.

Ao ser questionado sobre a “infiltração” bolsonaristas nas polícias e Forças Armadas, Jaques Wagner foi direto e disse que não é papel deles “se imiscuir em questões internas da política”. “Ele introduziu um vírus do ódio e da intolerância, que eu acho muito perigoso, porque as pessoas começam não mais a divergir, [mas] odiar quem pensa diferente, a agredir, achar que tem o direito de agredir, de xingar disso, daquilo. E no caso do Exército, e eventualmente das polícias militares também, é preciso agora […] recolocar esse povo dentro da Constituição”.

Após as manifestações do último domingo (8), o senador pontuou que agora será preciso realizar um processo de “reeducação”. “Amigo, você bate continência para o presidente da República porque está escrito na Constituição Federal do Brasil que o presidente da República é o chefe supremo das Forças. É uma decorrência da Constituição”, salientou.

“Eu sei que é delicado o momento, você conhece meu estilo… Eu não sou de ficar atiçando ninguém, nem provocando. Não gosto disso, mas nós temos que ter a firmeza, junto da serenidade. A Constituição é clara, no mundo democrático funciona assim, e eu acho que todos nós, goste ou não goste de Lula, goste ou não goste de outro, goste de quem quiser, mas, acima de tudo, respeite a lei e a Constituição brasileira”, pontuou o parlamentar.

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