PSDB perde seu último governador e vive crise histórica

Mesmo sendo uma das mais tradicionais siglas da política brasileira, o PSDB vem perdendo força ao longo dos anos e acaba de perder seu último governador. Eduardo Riedel, chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul, oficializou sua migração para o PP (Progressistas) na última sexta-feira (15), segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com a saída de Riedel, o partido fica sem nenhum governador eleito, após a desistência de Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), que também deixaram a legenda e migraram para o PSD.

Debandada tucana

O PSDB, que já chegou a ocupar a Presidência da República com Fernando Henrique Cardoso (1995–2003) e liderar o ranking de parlamentares eleitos, enfrenta um longo processo de declínio desde as eleições de 2018 — intensificado pelo desempenho nas eleições de 2022.

Entre os principais reveses registrados estão a eleição da menor bancada da história do PSDB na Câmara dos Deputados, a ausência de representantes no Senado Federal, a inédita decisão de não lançar um candidato à Presidência da República desde 1989, além da perda do governo do Estado de São Paulo, que esteve sob comando tucano por quase três décadas.

O controle do governo paulista foi um dos maiores símbolos da força do partido, tendo sido exercido por nomes históricos da legenda, como Mário Covas (1995 a 2001), Geraldo Alckmin (2001 a 2006 e novamente de 2011 a 2018), José Serra (2007 a 2010) e João Doria (2019 a 2022). A derrota em São Paulo representa, para muitos analistas, o fim de uma era para o PSDB.

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