Depois de meses de negociação, o PSDB decidiu interromper o processo de fusão com o Podemos. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (13), uma semana depois da incorporação ser aprovada por ampla maioria dos filiados tucanos na convenção nacional do partido.
O motivo para a fusão ser interrompida foi a discordância quanto à presidência do partido resultante. O PSDB defendia uma presidência compartilhada e um rodízio de dois em dois anos entre as duas legendas no período de transição. Mas o Podemos queria a gestão por quatro anos. Os dois partidos não chegaram a um acordo e encerraram as tratativas.
A incorporação para o PSDB, partido que ocupou a Presidência da República, era um forma de ganhar musculatura política e voltar a ter algum destaque após perdas de quadros relevantes nos últimos anos. Nos últimos meses, por exemplo, os governadores Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) deixaram o partido e migraram para o PSD. Atualmente, os tucanos têm no Congresso apenas 13 deputados federais e três senadores.
Apesar disso, dirigentes do partido indicam que vão continuar as buscas por aliança. Republicanos, Solidariedade e MDB, por exemplo, já retomaram os diálogos com os tucanos para uma possível federação.