“Pacote da paz”: Flávio lista impeachment de Moraes, anistia e PEC do Foro

Um dia após a determinação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, participou de uma coletiva de imprensa com parlamentares da oposição, em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em meio a críticas sobre a decisão, Flávio citou uma série de medidas que são prioritárias para ele e seus aliados. Ele chamou de “pacote da paz”.

Entre as propostas, está o impeachment de Alexandre de Moraes. O ministro é alvo de ao menos 29 pedidos de impeachment que tramitam no Senado. O mais recente foi protocolado pelo próprio senador Flávio Bolsonaro.

“O que a gente vai propor aqui hoje é um pacote da paz e o que diz esse pacote da paz? Qual o conjunto de medidas, que como eu sempre falei: a solução para os problemas do Brasil está aqui no Congresso Nacional”, afirmou.

Para justificar o pedido de impeachment do magistrado, Flávio alega que ele “não tem mais capacidade de representar a mais alta Corte deste país”.

O segundo ponto do tal “pacote” é a anistia — projeto que a oposição vêm tentando aprovar desde o ano passado. O texto propõe o perdão “amplo, geral e irrestrito” aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro.

“A segunda medida é a anistia. Como falei, não tem mais condição de nós não apreciarmos aqui no Plenário da Câmara e do Senado uma anistia ampla, geral e irrestrita, que hoje não acontece, porque há ameaças ao Congresso Nacional de que se nós votarmos essa matéria ela vai ser declarada inconstitucional”, continuou.

Durante a coletiva, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), disse que, na primeira oportunidade que tiver de ocupar a presidência da Casa Legislativa, irá pautar o projeto.

O terceiro ponto defendido pelo filho do ex-presidente é aprovação da PEC pelo fim do foro privilegiado de parlamentares. Para ele, o julgamento que Bolsonaro enfrenta é diferente de como foram tratados Luiz Inácio Lula da Silva ou Michel Temer, por exemplo, que foram julgados em primeira instância.

“Michel Temer e Lula foram julgados onde? Na primeira instância, como deveria estar acontecendo com o presidente Bolsonaro. (…) A outra razão é porque isso não pode mais continuar sendo usado como um instrumento de pressão sobre deputados e senadores que acabam tendo que, muitas vezes, não fazer aquilo que é obrigação deles, porque podem sofrer algum tipo de ameaça em função de processos que estão no Supremo”, concluiu.

Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4), após Moraes entender que o ex-presidente tem feito “reiterado descumprimento das medidas cautelares”.

Related posts

Salvador convoca beneficiários do Bolsa Família para acompanhamento de saúde

Motoristas de Salvador poderão pagar tarifa da Zona Azul em até 72h para evitar multas

Leo Prates participa do primeiro seminário nacional sobre o fim da escala 6×1