Moraes barra pedido de Bolsonaro e mantém delação de Mauro Cid

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou, na manhã desta terça-feira, 17, o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para anular a delação premiada do ex-ajudante de ordens presidencial e tenente-coronel Mauro Cid. A informação foi confirmada pela CNN.

O movimento veio após a reportagem de Veja revelar que Cid teria mentido em seu depoimento ao STF. A defesa encaminhou o pedido de anulação ao Supremo, nesta segunda, 16.

“As mensagens de Mauro Cid divulgadas pela Revista Veja escancaram o que sempre dissemos: a ‘trama golpista’ é uma farsa fabricada em cima de mentiras. Um enredo montado para perseguir adversários políticos e calar quem ousa se opor à esquerda”, declarou Bolsonaro em postagem no X.

A revista publicou que Cid teria violado a ordem do ministro Alexandre de Moraes de não se comunicar no âmbito da investigação. No interrogatório a que foi submetido na segunda-feira,9, o militar afirmou que não usou mídias sociais no período em que esteve sob medidas restritivas.

Porém, a Veja publicou na quinta, 12, provas de uma troca de mensagens entre Cid – usando um perfil de nome “Gabriela R” – e alguém do círculo íntimo de Bolsonaro. A revista ressaltou o conteúdo como um jogo duplo do delator ao relatar a seu interlocutor versão diferente das dadas nos depoimentos do acordo de colaboração premiada.

“Apelo à consciência dos brasileiros, das instituições, dos parlamentares e da imprensa séria: reflitam sobre o preço dessa escalada autoritária.Chega dessa farsa. Não se constroi um país sobre mentiras, vingança e arbítrio”, apelou o ex-presidente.

Prisão de Cid
O STF revogou, na última sexta, 13, o pedido de prisão do tenente-coronel, Mauro Cid. A informação inicial é de que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro teria sido detido pela Polícia Federal, que investiga se ele tentou pegar o passaporte para deixar o Brasil.

Apesar da revogação, o Cid deve ser encaminhado para a sede da PF em Brasília, para dar novo depoimento. A expectativa é que a oitiva ocorra ainda na manhã desta sexta.

Segundo à CNN, o militar foi preso na manhã desta sexta na sua casa, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília, pela PF. Logo depois, a prisão foi revogada. A defesa negou que o militar tenha sido detido.

Related posts

Bahia e Alemanha iniciam tratativas para cooperação em sustentabilidade e agricultura

Muniz sugere aos vereadores emendas para apoiar o Instituto de Cegos da Bahia

Prefeitos que estavam em Israel vão deixar Oriente Médio em breve