Em meio à disputa de terras indígenas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou a manutenção da Força Nacional de Segurança na região dos povos Pataxó e Pataxó Hã Hã Hãe, no extremo-sul da Bahia.
A medida foi publicada em forma de portaria, no Diário Oficial da União (DOU), da última quarta-feira, 23, sob a justificativa de “preservar a ordem pública e a segurança das pessoas do patrimônio”.
A permanência dos agentes, que atua em conjunto com as forças baianas, no local é válida até o dia 20 de outubro, conforme descreve o documento assinado pelo ministro Ricardo Lewandoski, podendo ser prorrogada por mais dias.
“O emprego da Força Nacional de Segurança Pública de que trata esta Portaria ocorrerá em articulação com os órgãos de segurança pública do Estado da Bahia, sob coordenação da Polícia Federal”, diz outro trecho do documento.
A atuação da Força Nacional no estado atende ao pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Ministério dos Povos Indígenas.
Os agentes estão no extremo-sul desde o mês de abril devido aos conflitos fundiários intensificados na região.
Operação Vértice Zero
No mesmo dia em que o Ministério prorrogou a atuação da Força, foi deflagrada a operação Vértice Zero, articulada pela Polícia Federal, da Secretaria da Segurança Pública e das Polícias Militar e Civil.
A ação tem o objetivo de capturar as facções que atuam na região. Os alvos foram criminosos envolvidos com homicídios, tráfico de drogas, domínio e ocupação de terras indígenas.