Diretor rebate Lula e diz que integrar TPI é combater impunidade

Após a declaração polêmica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que o presidente russo Vladimir Putin não seria preso caso viesse ao Brasil, o diretor de Relações Públicas do Tribunal Penal Internacional (TPI), Fadi El Abdallah, alegou que todos os países membros da corte precisam cumprir o acordo.

“Cada país é soberano para decidir fazer parte ou não do TPI. Mas quando um estado adere [ao TPI], então esse estado está enviando uma mensagem firme a todo o mundo de que não vai permitir que crimes muito graves fiquem impunes, tenham sido esses crimes cometidos no seu território ou em outros territórios onde a jurisdição do TPI é aplicável”, afirmou Fadi El Abdallah em entrevista à CNN Brasil.

Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra Putin por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. Lula não só disse que Putin não será preso se vier ao Brasil no ano que vem, quando o país sedia a Cúpula do G20, como afirmou que iria estudar o motivo de o Brasil continuar como signatário do acordo, enquanto outros países como Estados Unidos, China, Índia e Rússia não aderiram.

Para minimizar a fala anterior, Lula disse não saber se a Justiça brasileira iria prender Putin, caso ele venha ao Brasil, e que isso deve ser decidido pela Justiça, não pelo governo ou pelo Parlamento.

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