Defesa de Bolsonaro diz que Mauro Cid contou mentiras que ‘beiram o ridículo’

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) questionou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a competência da Primeira Turma da Corte para julgar o ex-presidente, disse que a Polícia Federal (PF) realizou pesca de provas contra ele, o que é vedado pela Justiça, e listou uma série de argumentos para invalidar a delação do tenente-coronel Mauro Cid. As informações são da jornalista Mônica Bergamo da Folha de São Paulo.

A defesa feita pelo advogado Celso Villardi foi apresentada, nesta quinta-feira (6), quando finalizou o prazo de 15 dias dado pelo ministro Alexandre de Moraes para que os argumentos fossem apresentados. Villardi disse que “não bastasse ter mentido” na delação, “Mauro Cid também faltou com o dever de sigilo previsto” em seu acordo de colaboração.

As declarações de Mauro Cid foram contestadas pela defesa de Bolsonaro, já que Cid afirmou ter sido pressionado pela PF a mentir para incriminar Bolsonaro. A defesa considera absurda a versão de que ele conversou sobre o caso com alguém próximo da família ou amigos e questiona por que ele mentiria para uma pessoa tão próxima.

“A estória de que o interlocutor era um familiar ou amigo próximo beira o ridículo, como também soa patética a afirmação de que não se lembra com quem teria mantido o diálogo”, argumentou a defesa.
A defesa ainda argumenta que a Procuradoria-Geral da República ignora declarações de Cid que contrariam a tese de golpe, quando cita o ministro da Defesa, José Múcio, que afirmou que Bolsonaro ajudou na transição tranquila de poder, o que seria incompatível com um golpe. A defesa concluiu que as ações de Bolsonaro demonstram seu descolamento dos eventos de 8 de janeiro e reforçam seu compromisso com o Estado de Direito.

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