Ex-ministro da Integração e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes pode deixar o PDT, partido que integra há mais de dez anos. Ele, que foi candidato à presidência da República em 2022 e ficou atrás de Lula (PT), Bolsonaro (PL) e Tebet (MDB), registrando seu pior índice eleitoral, com somente 3.599.287 votos (3,04% dos votos válidos). Em 2018, quando teve seu melhor resultado, o pedetista alcançou 12,47% dos votos válidos.
De acordo com a Carta Capital, Ciro mantém conversas com dirigentes tucanos, que contam com o seu desembarque na sigla nos próximos meses. A ideia é que ele entre na disputa pelo governo cearense em 2026.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, antecipou a possibilidade em uma reunião do diretório na última segunda-feira (16). De acordo com a publicação, o dirigente disse que, após “muitas perdas”, ter Ciro como candidato no Ceará seria “um ganho”.
Ainda segundo a Carta Capital, a reunião foi convocada para discutir os próximos passos do tucanato após o recuo nas negociações sobre uma incorporação do Podemos. No encontro, Perillo teria dito ainda que uma federação seria “ruim” para Ciro por envolver impasses regionais difíceis de arbitrar. Dirigentes viam na aliança com o Podemos uma espécie de sobrevida ao PSDB, que foi protagonista da política nacional, mas não tem conseguido empolgar os eleitores.
O acerto, no entanto, não foi adiante devido a divergências sobre o comando do partido resultante da incorporação. Em maio, Ciro Gomes relatou a deputados cearenses que recebeu um convite do ex-senador Tasso Jereissati para integrar o PSDB. À época, o ex-governador também defendeu o nome de Roberto Claúdio, ex-prefeito de Fortaleza, para a disputa no estado em 2026, mas não descartou entrar no páreo em caso de “situação extrema”, já que ele havia dito que não iria mais retornar a uma disputa nacional.