O suposto caso de assédio sexual envolvendo o ex-ministro dos Direitos Humano, Silvio Almeida, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, pode ter uma reviravolta ao longo das investigações. A informação é da coluna de Guilherme Amado, no site Metrópoles.
Inicialmente, alguns juristas avaliaram que o era de que o suposto caso seria de importunação, e não assédio sexual, por conta da falta de relação hierárquica entre Almeida e Franco. No entanto, um elemento pode fazer com o ex-ministro seja investigado por assédio sexual.
De acordo com a publicação, até o início deste ano, o orçamento do Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle, dependia do Ministério dos Direitos Humanos, então chefiado por Silvio, por ainda não ter autonomia orçamentária.
Para conseguir realizar as atividades da pasta, Anielle dependia de uma interlocução direta com Silvio Almeida. Um exemplo é o fato de o Ministério da Igualdade Racial só conseguia realizar compras ou licitações se tivesse apoio do Ministério dos Direitos Humanos.
Com isso, mesmo passando por episódios de assédio, Anielle precisava manter uma boa relação com Silvio para manter as atividades do ministério comandado por ela.
Silvio Almeida foi demitido na última sexta-feira (6) após denunciado por assédio sexual contra mulheres, entre elas Anielle Franco. As denúncias foram confirmadas pelo Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual. Almeida negou ter praticado o crime, mas foi demitido pelo presidente Lula.